Não sou evangélica nem católica, mas estou adorando a
segunda temporada dos #DezMandamentos pelo aspecto histórico, pela plasticidade
das imagens, figurino NOTA DEZ, beleza e desempenho dos atores, cenários
deslumbrantes e nunca antes retratados em novelas. Sequer assisti a primeira
temporada, mas me apaixonei pela segunda rica em detalhes da época. Para começo
de conversa, a novela é um colírio para os olhos com atores em extrema boa
forma, lindos... e isso também vale para as atrizes. O príncipe Zur e Josué já
representam bem o que estou destacando... mas a beleza de Rayanne Moraes, que
faz a Joanna, também é impressionante.
Mas não é só isso!
A novela nos mergulha em nosso passado mais remoto mostrando
costumes que, aliás, se enraizaram em nossa civilização e permanecem fortes até
hoje. Resgata a questão da escravidão, mas a de brancos que, ao que parece, foi
anterior a de negros. São brancos escravizando brancos das piores formas
possíveis. Tem a questão dos reinados e o que tornava os reis poderosos. A
guerra das divindades. E um elemento crucial: a guerra por terras que, naquela
parte da Terra parece que não mudou muito.
É curioso notar que a novela teve início com Moisés
recebendo os Dez Mandamentos, entre eles, como todos sabem, o “Não Matarás”. No
entanto, o próprio Moisés está disposto a tomar as terras de Canaã para seu
povo nem que isso implique numa guerra, nem que isso signifique matar pessoas
ao longo da caminhada até Canaã. A “Terra Prometida” ao povo hebreu (de Moisés)
é fértil, fica próxima ao mar, garante alimentos e uma vida melhor, mas já está
ocupada por outros povos incluindo famílias inteiras, mulheres e crianças. Mas
Moisés diz que Deus deseja que Canaã seja dos hebreus nem que isso seja
conseguido a custo de derramamento de sangue.
Esse aspecto me chamou a atenção porque mais ou menos
denuncia a origem de uma guerra que nunca teve fim naquela região do planeta.
Outra questão a observar é a “adoração” aos deuses e também ao Deus de Israel
(que seria pai de Jesus mais tarde segundo a Bíblia). Templos são cobertos de
ouro e pedras preciosas, assim como divindades adoradas na época. Mas o povo hebreu tb está construindo um
templo de adoração ao Deus de Israel ricamente decorado com ouro e pedras
preciosas. Isso mostra o quanto a questão do ouro e outros metais ou pedras
preciosas foram sempre “entendidos” pelos povos como material de “adoração”, de
poder – sendo que o mais natural fosse utilizar esses recursos naturais para
geração de energia. Ou seja, desde o Antigo Egito, passando por todas as
religiões antigas, o ouro sempre teve conotação de “poder” e adoração.
Chamo a atenção ainda para o figurino. É uma delícia ver os
vestidos, todos sempre em tons de areia, com amarrações e soltos até as canelas.
E o cuidado que foi tomado para não se exagerar nisso: somente agora as
mulheres trocaram de roupa, passadas semanas depois do início da novela. De
fato, não se trocava de roupa como hoje. No castelo do rei Balak muito luxo nas
vestimentas... tudo tão gostoso de ver! E o mago tem um look perfeito, penteado
perfeito... vale “superapena” conferir essa novela por pelo menos uns três dias
para ver todos esses cenários e situações que estou comentando.
Nunca pensei que eu fosse me interessar por uma história
bíblica... mas como falei, os Dez Mandamentos acrescenta uma atração nova na
TV. As novelas se repetem em elenco, roteiros, histórias... não há nada novo,
com exceção de algumas minisséries da Globo que mereceram destaque e ibope. Os
Dez Mandamentos têm um certo “frescor”, nos mergulha num novo e velho mundo ao
mesmo tempo... é diferente, bem dirigida, em ótimos atores e, como disse acima,
uma plasticidade deliciosa rica em detalhes. Experimentem!
Reitero suas observações e recomendo que assista à primeira parte pelos capítulos do site Record ou ao filme no Cinemark, no entanto no cinema a versão é bem condensada e perde o brilho dos detalhes.
ResponderExcluirsim... pretendo ver a primeira parte... obrigada pela dica
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