terça-feira, 1 de agosto de 2023

Dudu (que odeia gatos) e Pin. Amizade improvável? Inspire-se nessa história.


Quando cães e gatos crescem juntos na mesma casa ou quando um deles é filhote e os demais animais da casa são adultos, normalmente a convivência pacífica brota em pouco tempo. Mas e quando o cachorro é do tipo que não pode sequer ver um gato pela janela que já fica louco de raiva?

O Dudu era assim: extremamente mimado como muitos "filhos únicos". Portanto, bem improvável que aceitasse dividir seu reino com uma gata adulta. O destino, porém, pode fazer até mesmo um cãozinho temperamental mudar de ideia.

A Pin foi socorrida do meio de uma avenida no litoral de SP.  Seu lastimável estado indicava que ela tinha poucas chances de vida. Parecia um tapetinho de pelo sujo e estendido no asfalto.


"Era uma manhã chuvosa de sábado e saímos da academia mortos de fome. Resolvemos voltar pela avenida da praia, que não era usual. De repente vimos na nossa frente um grande caminhão diminuir a velocidade e desviar de um pequeno obstáculo. Esse obstáculo era uma gatinha extremamente magra e debilitada que não conseguia se levantar e sair da pista", conta a jornalista Soraia Chuqui.

"Saímos do carro embaixo de chuva forte e levamos um certo tempo até conseguir segurá-la nos braços. Prontamente fomos ao veterinário e foram constatados inúmeros problemas de saúde como anemia, desidratação e forte infecção. Achávamos  que era um gatinho macho e na hora da internação era necessário um nome na ficha. Como chovia muito, pensei rápido em Pingo (de chuva). Depois soubemos que se tratava de gatinha e, como Pinga poderia soar mal, ficou somente Pin", continua.

Foram meses de remédios orais, injetáveis e oculares, além de inúmeros exames. Pin foi melhorando devagar graças à dedicação de Soraia e seu marido Sérgio. 


"Nosso cachorro Dudu, também resgatado e adotado, à princípio não gostou nem um pouco da família aumentar. A adaptação foi sendo feita aos poucos sob nossa supervisão. Depois de cerca de dois meses eles já conviviam no mesmo espaço. Hoje fazem companhia um para o outro. Mas, como todos irmãos, sempre tem uma pequena desavença -  iniciada claro, por Dudu, que morre de ciúmes da gente". 


Faz um um ano e oito meses que Pin chegou pelas mãos do destino na casa do casal Chuqui. Ela pesava 1,5 kg e hoje tem 4 quilos a mais e está feliz mesmo tendo um problema respiratório crônico que necessita atenção diária com inalação e limpeza nasal com soro. Os quatro viajam juntos para todos os lugares formando uma verdadeira família.

No início, havia muito receio de que Dudu atacasse Pin, o que poderia ser fatal para uma gatinha tão fragilizada. Ele realmente ficou nervoso com a presença dela, mas alguns gatos sabem conquistar seu lugar no mundo. Pin foi espalhando seu cheiro em tudo que Dudu tocava e onde ele dormia. 


Claro que houve todo um cuidado de evitar contato muito próximo até que Dudu demonstrasse "aceitação"... ou seria melhor dizer "conformismo"?

Já a palavra que mais define Pin é "determinação" porque ela de fato decidiu que iria conquistar o coração do casal humano e até do cão bravo. Agora Dudu e Pin andam de carro juntos, dormem juntos...


Eles observam a rua do portão juntos, comem juntos... opa... isso não... daí já é pedir demais, né Dudu?


Lição que Fica

Vejo muita gente desistindo de ficar com algum gatinho que resgatou da rua por conta de ter cachorro ou gatos em casa. Tem gente que nem tenta uma convivência aos poucos.

Claro que nem toda situação é propícia para integrar um animal novo em casa. Cão bravo e de porte grande, caso deteste gato, vai precisar de um trabalho intenso de aceitação. Os gatos da casa também podem se revoltar com o novo gato, mas tudo pode ser resolvido com calma, paciência e ajuda de profissionais da área comportamental se for necessário.


Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia





sábado, 29 de julho de 2023

Dia do Vira-Lata é comemorado em 31 de Julho. E esses aqui merecem uma homenagem!


Bebê e Happy circulam todos os dias pelo bairro do Ipiranga, em SP, na carroça do Seu Paraná. São dóceis e aceitam de bom grado a carona depois de boas caminhadas com o tutor que recolhe material usado para vender ou reciclar.

"Paraná dos Cachorrinhos", aliás, já é famoso na região. Ele mora numa comunidade e comenta que a vida que já não era fácil, anda mais difícil. "Estou conseguindo pouca doação de material e estão pagando menos ainda. Às vezes ganho só 5 reais por coisas como essas", diz ele apontando para a carroça que tem colchões velhos, pneu e alguns materiais plásticos.


Happy é filho de Bebê e representa o típico vira-lata caramelo brasileiro. Bebê já tem 10 anos e está mancando devido a um ataque que sofreu de outro cão da comunidade. 

Seu Paraná explica que seus cães são da paz e recentemente até "adotaram" uma gatinha - ele mostra no celular a foto dela todo orgulhoso. Mas tem cachorro bravo no pedaço e Bebê infelizmente foi vítima.


Pergunto se ele tem ajuda de alguma veterinária. Diz que já teve mais, porém hoje em dia anda com pouco apoio... tem que pagar se quiser ser atendido e, no momento, ele não pode. Acrescenta que Happy também não está bem: "Ele tem tosse noturna e vou tentar um remédio caseiro que me passaram".


Ele também procura no celular foto de um outro cão que ele anda alimentando: "Esse aqui ó, pretinho, tô dando comida pra ele porque o dono dele foi preso. Então ele fica na rua esperando alguma comida. Não briga com meus cães".

Bebê, Happy e Paraná dormem juntos. Dividem as dificuldades do dia a dia e também as alegrias.

A vida de Paraná é igual a de tantos outros moradores de rua que têm como únicos, mas fiéis companheiros, os cães conhecidos como "vira-latas" e que muitas vezes, apesar da fome e do frio, se recusam a ir para abrigos porque são impedidos de levar os amigos peludos.

O apelido vira-lata, para nomear cães sem raça definida (SRD), nasceu na época em que as pessoas ainda colocavam seus lixos em latas espalhadas pelas calçadas que, claro, eram reviradas pelos cães e gatos de rua. As latas sumiram, mas muitos animais continuam revirando os lixos como única alternativa de sobrevivência.

NÃO DEIXE DE VER:

E por falar em Vira-Lata, confira também o Projeto "Amigos (Im) Perfeitos" do fotógrafo Carlos Filipe que além de lindo, tem ajudado animais com deficiências físicas residentes de abrigos portugueses a serem "vistos", adotados e amados. Uma boa ideia para se aplicar também no Brasil.

Acesse a matéria recheada de fotos e vídeos nesse blog acessando AQUI

Texto e fotos: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista e escritora, consultora da @buscacats  🐱e fundadora da editora www.miaubookecia.com  🐶🐱

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Fotógrafo Carlos Filipe cria projeto para incentivar a adoção de animais (Im) perfeitos. Genial!

Antecipando o Dia Nacional do Vira-Lata, comemorado em 31 de julho no Brasil, apresento o trabalho do fotógrafo português Carlos Filipe Assunção que, com seu olhar sensível e ao mesmo tempo técnico, tem ajudado vários animais deficientes físicos ou que sofreram lesões devido a maus-tratos, a serem "vistos" e amados. 

Aliás, o termo "vira-lata" não existe em Portugal. Lá eles chamam animais sem raça definida de "rafeiro".


Carlos Filipe trabalha com books de animais domésticos produzindo encantadoras fotos em estúdio e reservou um espaço na sua vida para ajudar voluntariamente, por meio da sua profissão, animais "especiais", muitas vezes com passados arrepiantes, e que dificilmente são adotados em abrigos de ONGs como a Adap - Associação de Defesa dos Animais de Portimão , Pata Ativa , Cadela Carlota , Rescue Algarve - ARA e Pata Faro , dentre outras (todas de Portugal).


O projeto "Amigos (Im) Perfeitos", criado por ele antes da pandemia e que em agosto será tema de exposição em Tavira (Portugal), tem o objetivo de conquistar o coração de pessoas que possam adotar cães e gatos em condições que necessitam de muita dedicação e cuidados.


A inspiração do projeto veio do cãozinho Boris que Carlos Filipe adotou ainda quando filhote. Tudo correu bem até a fase adulta, quando Boris desenvolveu uma doença que desencadeia muitas reações alérgicas e exige tratamento diário. Foi então que o fotógrafo percebeu que, como ele próprio fez, precisava motivar outras pessoas a darem qualidade de vida a animais de abrigos em condições de saúde mais complicadas.


 Em entrevista, ele me escreveu:

"A minha vida neste momento divide-se entre o meu estudio fotografico para animais de estimação e percorrer abrigos a fotografar animais para ajudar na sua adopção. Devo tudo isso ao meu cão Boris porque, quando o adotei, me mostrou todo este mundo. Interessei-me pelos animais diferentes porque são os que ficam sempre no final na hora de escolher. Por medo, insegurança... não sei... e gosto de mostrar a sua beleza para que ganhem novas familias e as pessoas vejam que existe beleza até na imperfeição".

"Os animais mudam nossas vidas e já nem lembro mais de minha vida antes de adotar o Boris. Apesar de suas imperfeições, para mim ele é o cão mais perfeito do mundo", comenta.

Conheçam Carlos Filipe e o cão Boris nesse engraçado vídeo em que o fotógrafo fala de sua próxima exposição na Biblioteca Municipal de Tavira. A atuação do Boris no vídeo é genial:

O fotógrafo também faz vídeos com adotantes desses "amigos (im) perfeitos" e garanto que vocês irão se emocionar com a história do Leão que passou 10 anos acorrentado e ainda teve seus olhos atingidos por ácido. Felizmente seu sofrimento foi interrompido pelo movimento "Quebra a Corrente" cujo trabalho pode ser conhecido no instagram https://www.instagram.com/quebraacorrente

Leão conseguiu um magnífico lar onde, apesar de sua idade mais avançada, portou-se como uma criança, alegre e brincalhona, colocando em prática toda a infância  de carinho que ele merecia ter tido, mas não teve.

Vejam o vídeo muito lindo do Leão:



Veja mais:
Conheça mais do projeto "Amigos (Im) Perfeitos" acessando o facebook https://www.facebook.com/amigosimperfeitos  e o canal do YouTube https://www.youtube.com/@carlosfilipefotograf . O trabalho completo de Carlos Filipe você acessa em www.cfilipe.pt e tem o instagram https://www.instagram.com/carlosfilipefotografia/



Pesquisa e Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista e escritora, consultora da @buscacats 😸 e fundadora da editora www.miaubookecia.com 🐶🐱

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Receita de macarrão de farinha de arroz e feijão preto para quem tá evitando farinha de trigo


Você é do tipo louca (o) por pizza, macarrão e pão? Bem... eu sou... ou era.... até tomar um baita puxão de orelha do meu próprio organismo. Essa receita criei para mim mesma, mas cai como uma luva para quem está precisando cortar o consumo de farinha de trigo por questões de saúde ou é vegano. 

Receita simples, saborosa e barata. Garanto que até quem não sabe cozinhar consegue fazer.

E VEGANA porque não tem leite nem ovos no macarrão.

Usei o macarrão feito de farinha de arroz e farinha de feijão preto (que eu nem sabia que existia!), zero glúten, da Marca Urbano (lá de Santa Catarina). Ele é marrom escuro, mas depois de cozido fica cinza, o que já dá um tom inusitado na comida.

Fiz um molho com tomates frescos, espinafre cozido e tempero pronto em pó de cheiro verde, salsinha e cebolinha. Fiz na panela elétrica com azeite. Não costumo colocar sal nas comidas, mas quem quiser pode colocar.

Em seguida cobri o macarrão com esse molho e levei ao microondas.

Nossa! Eu realmente me surpreendi porque não sei cozinhar quase nada. Ficou ótimo ótimo ótimo... 3 vezes ótimo. E saudável!!!😊🌿🍅


Ingredientes: Macarrão Urbano de Farinha de Arroz e Feijão, Tempero em Pó "Meu Segredo" da Maggi (Cheiro Verde, Cebolinha e Salsinha), 1 maço de espinafre cozido, 5 tomates frescos picados e azeite.

Quanto custa: o macarrão com 500 gramas custa em média R$ 7, o tempero R$ 3 (mas tem vários sachês), o maço de espinafre R$ 7 no começo da feira e R$ 3 no final, 1 kg de tomate na feira cerca de R$ 7 a R$ 9

Tem mais receita com esse macarrão no site da Urbano. Acesse AQUI

Texto: Fátima ChuEcco jornalista e escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia

Sonhos compensatórios das nossas milhares de vidas paralelas


Quem consegue se lembrar de seus sonhos com vidas paralelas sabe que normalmente elas são mais suaves e felizes que a vida da qual temos plena consciência.

Se não temos um companheiro, lá está ele no sonho de uma vida paralela. Se não temos emprego, casa ou amigos, tudo isso aparece numa vida paralela na qual mergulhamos enquanto dormimos.

Podemos ter ainda nossa saúde tratada por procedimentos, cirurgias e remédios que não existem na vida que consideramos a "real" do momento presente. Já sonhou que foi operado? Ou com alguma estação de cura com águas medicinais?


Eventualmente surgem os pesadelos que são também outras vidas paralelas onde as coisas não acontecem como desejamos. Alguns deles acabam em tragédia e a gente acorda no exato momento em que leva um tiro, cai de um precipício, se afoga ou fica preso num incêndio. 

Isso pode ser o fim de uma das milhares de vidas que temos além dessa onde escrevo esse texto.

Mas na maioria dos sonhos nossas outras vidas são boas e satisfatórias nos dando o que nos falta nessa.


Outros animais, especialmente os mamíferos, também sonham, e quem sabe as aves, os répteis e até os insetos. Não temos prova disso, mas toda criatura que dorme talvez sonhe e tenha, como nós, acesso a suas vidas paralelas.

E isso leva a crer que é tudo fruto da Natureza compensando a parte "danificada" de uma de nossas vidas por outras em que as coisas funcionam bem ou melhor. 


Acesso as vidas paralelas mais felizes, por meio de uma ponte que se mostra durante o sono, pode ser uma forma de compensação comandada pela própria Natureza intrínseca em todos nós agindo de fora para dentro, de dentro para fora e em todas as direções.

Estamos anexados uns aos outros e todos nós  mergulhados numa grande massa corpórea e espiritual infinita. Não temos como sair para o alto ou para baixo, para um lado ou outro porque somos parte de uma única massa como um organismo gigante vivo do qual nenhum célula cai, foge ou morre de fato.

E do mesmo jeito que estamos conscientes dessa vida, nas demais vidas também estamos conscientes delas e, provavelmente, sonhando com essa.

É um mecanismo que não para, não termina. Uma ou mais vidas nossas se cessam, mas milhares de outras emaranhadas com as vidas de outras pessoas ou seres vivos continuam.

São vidas compartilhadas com pessoas conhecidas ou desconhecidas dessa, animais familiares e outros com aspecto que nunca vimos antes.

Algumas pessoas podem ver flores, animais e cores que não temos aqui.


Em alguns sonhos de vidas paralelas parecemos estar em épocas mais antigas ou num futuro com cidades totalmente diferentes das que conhecemos. Em alguns desses sonhos a Terra pode estar totalmente destruída ou num momento de renovação.


E nisso tudo está a mão da Natureza ou uma Força Motriz que está fora e dentro de nós, embalando cada coisa e ser ao nosso redor. Uma força que chamamos de Deus e que recebe outro nome dependendo da cultura e religião de cada povo.

Assim, nós não dormimos apenas para descansar o corpo. Dormimos para manter essa engrenagem ativa o tempo todo desde sempre e para todo o sempre.


Fotos gratuitas da Pixabay

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, frequentadora assídua de suas vidas paralelas


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Vídeo: Santuário maravilhoso criado por Brigitte Bardot nem parece desse mundo de tão lindo!


Tem de tudo: gatos, cachorros, patos, coelhos, ovelhas, galinhas, cavalos... a lista de animais resgatados pela Fundação Brigitte Bardot  é enooooorme! Como a maioria deve saber, Brigite Bardot, atriz e símbolo sexual que sacudiu a indústria cinematográfica por muito tempo, ao se aposentar investiu tudo que tinha na defesa dos animais. 

Ela conseguiu erguer um santuário na Normandia (França) que de tão maravilhoso nem parece pertencer a esse mundo... parece mais um paraíso com os qual a maioria dos protetores de animais sequer conseguem sonhar. As instalações são lindas e funcionais. A atriz, hoje com 88 anos, ainda milita em diversas questões dentro e fora da França. Acesse o site da Fundação AQUI

Conheça o santuário nesse vídeo... você não vai se arrepender de ver tantos animais felizes, num ambiente seguro e convivendo em paz uns com os outros. No final do filme tem umas cenas históricas com Brigite, ainda jovem, correndo com os animais pelo gramado. E pra quem ama gatos os vídeos são imperdíveis:




Brigitte Bardot participou do MI-AU BOOK!

Essa ativista maravilhosa abrilhantou o "Mi-Au Book & Cia - Um livro pet-solidário" de minha autoria e publicado em 2010. Ela escreveu uma carta do próprio punho para o livro  e enviou algumas fotos como a que abre esta matéria.


Fátima Chu🌍Ecco

Jornalista e escritora, consultora da @buscacats

site www.miaubookecia.com



domingo, 16 de julho de 2023

Vídeo: Apaixone-se pelos hóspedes do Santuário de Gatos da Síria. Não tem só gato não!


O Ernesto`s Sanctuary for Cats in Syria começou com a proposta de resgatar e abrigar gatinhos encontrados entre os destroços de cidades bombardeadas. Hoje eles são mais de 500. Mas o amor da equipe do "Homem Gato de Allepo", como ficou conhecido Alaa Aljaleel é tão gigante, que o santuário passou a abrigar também outras vítimas da guerra: cães, aves, macacos, coelhos, burrinhos, cavalos, raposas, dentre outros. 

Vídeo com os adoráveis gatinhos do Santuário:


Veja vídeo com os encantadores cães e outros animais:


Veja matéria completa sobre esse lugar clicando  AQUI

ATENÇÃO: Recentemente dois foguetes atingiram e destruíram parte do Santuário matando 20 gatinhos. Eles precisam de ajuda. 

Por favor...Compartilhe esse lindo trabalho e veja outras formas de ajudar acessando o facebook TheSyrianCatMen , o instagram @houseofcatsernestos ou site www.ernestosanctuary.org

Pesquisa, Texto e Vídeos: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia Fotos: Facebook TheSyrianCatMen


sábado, 15 de julho de 2023

Quando a foto encanta e a história, por detrás da imagem, mais ainda!


Esse trio de cadelinhas conseguiu protagonizar com perfeição essa imagem. Parecem até rir! Neguinha e Lila (a fox) têm 14 anos e Kyara (à direita) apenas quatro. Todas vivem com Maria Inês Martos na pequena cidade de Pirajuí, no Interior de SP.

Achei interessante postar essa "alegre" foto das "filhas" de Maria Inês para mostrar como uma imagem pode contribuir bastante na divulgação, por exemplo, de adoções. Não é o caso desse trio, muito bem amparado e amado, mas as fotos têm um efeito imediato sobre nossas emoções e, consequentemente, atitudes.

E, muitas vezes, as fotos escondem uma história ainda mais bonita que a que vemos à primeira vista. No caso dessas cachorrinhas existe uma história de fidelidade e proteção:

"Minha mãe, que vai completar 86 anos em março, por duas vezes caiu e estava sozinha em casa. Ela não podia se levantar e foram minhas cachorrinhas que latiram tanto, que acabaram chamando a atenção da minha cunhada que é nossa vizinha", conta a tutora.

A Kyara foi jogada na rua de Maria Inês quando ainda era uma filhotinha. Neguinha e Lila também foram adotadas quando bebezinhas.

Neguinha é uma ainda guerreira noutro sentido:

"Ela tem displasia porque o pai era pastor belga e a mãe Cocker. Em maio descobrimos a diabetes e o tumor no fígado. Toma insulina duas vezes no dia e medicamentos para o fígado", diz Maria Inês.

A simpática foto das três cadelinhas foi feita numa pet shop logo após o banho. Então fica aqui a dica: caprichem nas fotos, explorem o olhar doce, curioso ou alegre dos bichinhos principalmente em postagens que visem adoção.

Fátima ChuEcco jornalista escritora www.miaubookecia.com



quinta-feira, 13 de julho de 2023

Gatos podem trocar de casa espontaneamente? Sim! Acontece!


 Bob, esse gatinho da foto, muitos anos atrás, atravessava uma rua movimentada para chegar na minha casa e passar o dia com meu gato Dicky. Ele ficava no quintal e dentro de casa, usufruindo de tudo como se fosse um autêntico morador. Mas Bob tinha sua própria casa.

Descobri seu endereço e a tutora dele explicou que ele passava o dia fora e só voltava para dormir. Certa vez foi atropelado. Não morreu, mas dado o risco que ele corria, assim que ele chegava em casa eu o levava de volta. Até que ele não voltou mais. A tutora disse que ele havia sumido, mas tive um sonho em que ele aparecia em casa com uma grande ferida na cabeça. Era uma despedida.

Gatinha Liz seguiu um gatão de vida livre e foi morar com ele

No ano passado também acompanhei o caso de uma gatinha que escapou de sua casa, toda telada, e colocou os tutores em pânico. Foram feitos cartazes, folders, busca intensiva no entorno da casa até que, finalmente, ela foi encontrada na casa de outro gato. Estava vivendo lá e, inclusive, dormindo na casinha dele.

O dono da casa disse que ela chegou e ficou no local espontaneamente. É uma história bem curiosa que pode ser lida na íntegra acessando AQUI

Também vinha em minha casa, todos os dias, um gato que morava na casa de frente ao meu prédio. Ele me chamava e tudo que queria era que eu o pegasse no colo e abraçasse. Ele adorava isso. Eu também! E olha que na casa dele tinha outros gatos e todos eram muito bem tratados.

Quando os tutores se mudaram ele sumiu. Na verdade não queria se mudar e  se escondeu num escritório no mesmo quarteirão. Fiquei com coração partido porque parecia que a gente tinha uma ligação especial. 

Então... sim... alguns gatos podem preferir viver em outra casa ou se dividirem em duas casas próximas caso tenham acesso à rua. Por isso, quando eles fogem ou se perdem, além de procurar muito nos arredores, tem também que panfletar em toda a vizinhança para o caso raro, mas não impossível, do gatinho ter se mudado por conta própria.

Texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia

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terça-feira, 11 de julho de 2023

Se hoje você tem um amado gato em casa... agradeça aos Vikings!


Se você pensa que os gatos pularam do Antigo Egito, onde eram venerados, para o resto do mundo, errou. Foram os vikings (guerreiros nórdicos), que viveram entre 793 d.C e 1066 d.C que espalharam essas bolas de pelo por todos os continentes levando-os em suas embarcações. Os gatos eram muito úteis para impedir que ratos atacassem as dispensas de comida durante as expedições marítimas.

Os vikings, que ganharam fama de grandes saqueadores e exímios guerreiros que lutavam especialmente com machado e espadas, viviam para conquistar cidades. Saíram da região da Escandinava (Noruega, Dinamarca e Suécia) e foram passando pela Inglaterra, Escócia, França, Rússia, Irlanda, Islândia, Groelândia e Canadá. 

Pintura magnífica de Chris Nolan (da abertura também)

Ou seja, se os gatos se espalharam por todo o globo foi graças aos vikings. Isso é o que sugere um estudo minucioso feito num sítio arqueológico da Era Viking pelo Instituto Jacques Monod da França. Foram encontrados vários esqueletos de gatos pontuando que eles viviam nos vilarejos daquela época.

Inclusive, os vikings eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e uma de suas deusas mais importantes, a Freyja, tinha uma pequena carruagem puxada por dois gatos grandes 


Freyja, descrita como uma mulher loira ou ruiva com sardas, era a Deusa do Amor, Beleza, Luxúria e Feitiçaria. Era a Deusa da Cura que podia manipular a fauna e a flora, além de ser uma grande guerreira. 

Freyja era inda protetora dos casamentos e por isso os homens presenteavam suas noivas com peludos gatinhos, provavelmente parecidos com o "gato norueguês da floresta" (foto abaixo). 


Freyja era muito bonita sendo que todos se apaixonavam por ela incluindo "gigantes". Algumas versões dizem que Freyja foi uma das esposas do Deus Odin, pai de Thor, Deus do Trovão e de Loki (retratados nos filmes do Universo Marvel). 

Outros historiadores da mitologia viking dizem que ela nunca foi esposa de Odin, mas viveu no Reino de Asgard (o mesmo de Thor). É uma longa história que pode ser encontrada em muitas páginas do Google.

Essas belíssimas pinturas de Chris Nolan e muitas outras podem ser adquiridas no site https://displate.com/chrisnolan


Elementos que se complementam: vikings, gatos, corvos, dragões e bruxas

Os vikings acreditavam em dragões, elfos e gigantes. Aliás, todo o cenário da mitologia viking está bastante presente nas crenças e rituais das bruxas da Idade Média. Além dos gatos, que tudo indica serem os animais preferidos dos vikings, relatos sobre as bruxas citam que elas também tinham corvos como companhia. O Deus Odin tinha dois corvos de estimação.

Tarot of Pagan Cats

Como uma estudiosa de tarôs de gatos, fui recentemente atraída por um tarô todo ilustrado com gatos, o Tarot of Pagan Cats das artistas Magdelina Messina e Lola Airaghi .  E observei que várias das cartas  remetem aos Vikings. São pinturas dos gatos no mar e numa delas tem até um barquinho estilo viking. Veja abaixo:


Pesquisa e texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia






sábado, 8 de julho de 2023

Mike viveu uma aventura e tanto nos três meses em que ficou desaparecido


Essa é uma história bem útil para tutores e protetores de gato porque, em primeiro lugar, mostra que gatos encontrados na rua, mesmo em péssimo estado, nem sempre estão abandonados. Por isso é bem importante divulgá-los em grupos de bairros e de animais perdidos do Facebook e do Instagram para ver se estão sendo procurados.

Em segundo lugar, o caso do Mike (gatinho da foto) acende um alerta para tutores de gatos rajados (tigrados). Já é bastante angustiante perder um gato de qualquer cor de pelagem, dados os perigos que sabemos que eles enfrentam nas ruas, mas quando se trata de um gato rajado, que é bem comum em SP, a situação se complica porque fica difícil reconhecê-lo por fotos e até mesmo por vídeos. 

Com o Mike aconteceu isso: a tutora Silvia Grota ficou bastante em dúvida se era mesmo o seu gato que tinha sido resgatado e castrado por uma protetora, e depois levado para um lar temporário. "Num primeiro momento achei muito parecido com o Mike, incluindo o temperamento, mas a pelagem e o rostinho estavam um pouco diferentes. Então tive receio de ficar com um gato que podia ser de outra pessoa", conta.


Ao conversar comigo, instruí Silvia a focar no comportamento do bichinho, pois, sabemos que cada gato tem algumas atitudes únicas, que só eles  fazem. 

"Ele sempre gostou de dormir no chão, especialmente em tapetes e em cima de chinelos e sapatos. Então notei que o gatinho que me entregaram, logo que chegou em casa, procurou exatamente o mesmo tapetinho pra deitar e também um par de chinelos. Além disso, ele gostava de beber água num copo que eu deixo debaixo da samambaia e ele foi beber nesse copo também".

No entanto, teve mais um sinal bem emocionante: o gatinho, sem mais nem menos, subiu no colo do marido da Silvia e deitou no peito dele. Pronto! Depois disso não tinha mais dúvida: era mesmo ele!


Uma aventura incrível (saiba como tudo aconteceu)

Começamos o texto pelo final da história, mas a aventura "perigosa" de Mike teve início no dia 5 de janeiro de 2022 durante um campeonato de futebol e estouro de muitas bombas. Ele se assustou e fugiu por uma janela do banheiro. No dia 18 de março, funcionários do Supermercado Assaí da Cohab I, de Arthur Alvim (2 km distante da Silvia), avisaram uma protetora local da presença de um gato no estacionamento, mas ela não conseguiu pegá-lo.

No entanto, uns dias depois, segundo a protetora de nome Flávia, o mesmo gato apareceu no prédio dela gritando muito. Ela teve a impressão que ele sabia que ali poderia conseguir ajuda. Flávia o recolheu e o levou ao veterinário, pois, estava gripado e com sarna. Depois de tratado também foi castrado. E, por fim, transferido a um lar temporário oferecido pela Priscila, amiga da Flávia.

Calma que a história não termina aqui e tem mais acontecimentos incríveis!

Priscila mora a apenas 500 metros da Silvia.  Ela anunciou Mike, que a essa altura era chamado de "Flavinho" (por causa da Flávia que o resgatou), num grupo do Facebook destinado a moradores da Cidade Patriarca. Então a Rosângela, ao ver o post, avisou a Silvia sobre um gato muito parecido com o Mike (também postado nesse mesmo grupo). Reparem:

Depois de ir parar 2km longe de casa, o gatinho estava agora apenas 500 metros distante da tutora. Arrepiou?

Aqui vale lembrar que, certamente, Mike não foi andando da Cidade Patriarca até Arthur Alvim. Em geral, quando gatos fogem de casa eles se escondem na vizinhança, no mesmo quarteirão de casa e, algumas vezes, dependendo do que passaram, ficam a um ou dois quarteirões próximos. Por isso é tão importante, assim que notar que o gato fugiu, procurar intensamente na vizinhança.

Mas algumas vezes eles se escondem em motores de carros fugindo de cães ou de crianças/pessoas que tentam pegá-los por algum motivo. E dessa forma acabam parando em outro bairro porque descem assim que o carro estaciona. Alguns podem ficar bem feridos nessa "viagem", mas outros conseguem sair ilesos e então, sem saber voltar para casa, procuram se virar nos arredores.

Gatos mudam de cor SIM!!!

Anotem essa dica: gato muda de cor SIM! Isso acontece por motivo de doença, desnutrição, anemia, problemas hepáticos e exposição excessiva ao sol. E quando um gato emagrece muito na rua e a pele despenca, suas listras e manchas também podem dar a impressão de estarem diferentes.

Assim, uma pelagem originalmente marrom ou cinza escura pode clarear ou ficar com tons dourados. Tons pretos podem ficar amarronzados. Pelagem branca pode amarelar. Eu mesma tive uma gata preta  de patinhas brancas que, por razão de um linfoma acompanhado por períodos de anemia, foi ficando "ruiva". Primeiramente, a pelagem preta foi ficando marrom e depois alaranjada. Tem até um "filminho" dessa minha gatinha chamada Ághata Borralheira falando disso:


Então, que o caso do Mike sirva de exemplo e também de inspiração. Quem perdeu um gato rajado não deve descartar a hipótese de ter reencontrado seu bichano apenas se baseando em sua aparência. A vida na rua é dura, maltrata, deixa os animais abatidos e diferentes. 

O ideal é observar o comportamento deles para captar  hábitos e manias que só eles tinham. Mas mesmo para isso é necessário dar um tempo. Nem sempre eles se revelam imediatamente. Traumatizados e por vezes doentes, talvez não manifestem nenhum sinal "conhecido" do tutor nos primeiros dias de volta para casa. 

Quando capturei com gatoeira uma gatinha rajada que achei que fosse a minha Rebecca Selvagem, sumida há 37 dias, também fiquei em dúvida. Ela, que já era arisca, estava 10 vezes mais brava e se debatia na gaiola como uma fera. Deixei-a no meu quarto uma semana, separada de minhas outras gatas, para que ficasse mais tranquila. Mas mesmo depois desse período, ainda ficou mais uns dias vivendo dentro do guarda-roupas.

Eu achava que era a Rebecca, mas não tinha certeza. Estava pele e osso. A pelagem parecia mais escura e os olhos menores. Então, quando finalmente começou a se aproximar, numa noite em que eu estava deitada no sofá, ela subiu em cima de mim, esticou vagarosamente um bracinho até tocar meu rosto e cheirou meu nariz como sempre fazia. Era ela!!!

Escrevi um fotolivro sobre essa minha "saga" de mais de um mês (foto) e que está à venda no site www.miaubookecia.com:


Procurando Gatos Perdidos

Administro o grupo do Facebook "Gatos Perdidos e Encontrados no Brasil" que tem muitas dicas para os tutores procurarem seus amados gatinhos no album de fotos e também vários relatos de quem conseguiu achar o gato. 

Além disso, também presto consultoria personalizada pelo whats app:






Fátima ChuEcco - Jornalista e Escritora