Nos piores momentos que a humanidade já passou, sempre foi possível ver a essência das pessoas. Enquanto alguns mergulham em atitudes egoístas, outros exercitam a compaixão. Essa pandemia tem sido uma grande vitrine para ver o coração das pessoas. Na matéria do Jornal Hoje (que pode ser acessada AQUI) Seu Severino Brito, pintor, se emociona e até chora ao levar o pouco que tem as pessoas que estão na fila desde cedo tentando regularizar o CPF. Ele diz na reportagem: "Aqui tem café, pão, mortadela...".
A ajuda do Seu Severino vai o Seu Raimundo, mestre de obras, que também se emociona e divide a doação com outras pessoas da fila. Gente que não tem quase nada dividindo o pouco que tem. Outros exemplos tem sido mostrado pelos telejornais. Gente muito carente fazendo máscaras para distribuir nas comunidades, outras arrecadando cestas básicas, grupos doando comida e itens de higiene para moradores de rua, protetores alimentando cães e gatos sem lar... tanta coisa bacana e muito, mas muito emocionante.
A pandemia mostra o melhor e o pior das pessoas. Uns se ajudam mesmo tendo pouquíssimos recursos para isso, enquanto outros mergulham em ataques contra a mídia e autoridades que tentam mostrar a importância do isolamento, do cuidado e respeito à saúde do próximo. Esse é o pior lado da pandemia: as pessoas que além de não ajudarem quem mais precisa, ainda atrapalham semeando ódio e pregando contra as medidas de prevenção.
Todo mundo tem como ajudar. Alguns ajudam financeiramente familiares, vizinhos, amigos, instituições de caridade ou protetores de animais. Outros cedem a mão de obra no preparo de refeições ou na entrega de cestas básicas. Há quem ajude os idosos fazendo compra para eles. Tem vários estudantes e empresários desenvolvendo ventiladores e máscaras para não dependermos da China e da Coreia.
Cada pessoa tem algum meio de ajudar. Até mesmo na frente do computador, em casa, as pessoas podem colaborar divulgando meios de ajudar quem precisa ou ressaltando a importância de ficar ao máximo em casa e usar máscara ao sair. As redes sociais também são um importante meio de incentivar as pessoas a colaborarem umas com as outras.
A pandemia é claramente uma chance das pessoas evoluírem espiritualmente praticando a união e a solidariedade. Seu Severino e Seu Raimundo, mostrados no Jornal Hoje, sabem instintivamente disso.
Foto Leroy Skalstad/Pixabay
Texto Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora
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