A primeira coisa a fazer quando se perde um gato é vasculhar a vizinhança, cada casa, sem pular nenhuma. Se Letícia Gabriela, de Guaianases (SP), não tivesse agido assim, talvez estivesse até hoje sem seu amado "Tuffinho", esse gatinho da foto de apenas 7 meses de idade. Vejam o relato:
"Meu gatinho sumiu e ficou 3 noites fora. Estava desesperada. Espalhei cartazes em vários comércios e postes. Postei nos grupos do Facebook, no status, meus amigos compartilharam, enfim... Eu sem saber mais o que fazer, decidi bater de porta em porta na rua onde eu moro, e na rua de trás da minha casa. Foi aí que encontrei meu gato. Ele estava sendo cuidado por outra família que ainda não tinha visto os cartazes. Estava praticamente na casa atrás da minha".
Gostaria de destacar a frase: "Estava praticamente na casa atrás da minha".
"Então, muitas vezes o bichinho de vocês está mais perto do que imaginam. Desejo a todos que encontrem seus amiguinhos". concluiu a tutora.
Fiz questão de postar essa história com final feliz justamente porque vai de encontro ao que insisto que os tutores de gatos perdidos façam: "Procurem, procurem e procurem, principalmente nos arredores da casa".
Quando um gato escapa de casa, de uma clínica ou de outro lugar qualquer, a primeira coisa que ele faz é buscar refúgio no primeiro lugar que ele avista e esse lugar geralmente é a casa do vizinho do lado, dos fundos ou algum canto ali por perto... bem perto.
Os gatos não são como os cães que, uma vez que escapam, disparam pelas ruas explorando a liberdade e vão parar até em outros bairros... às vezes até mesmo em outras cidades. Claro que me refiro aos cães sociáveis porque os medrosos também tendem a se esconder na vizinhança.
Mas os gatos, em algumas ocasiões, também podem parar muito longe de casa. É quando, no susto, se escondem dentro do motor de carros e são levados pra outro lugar ou quando alguém os resgata de algum acidente ou de algum lugar onde estavam presos e levam pra uma clínica ou mesmo pra casa.
Em ambos os casos, duas ações são primordiais: procurar na vizinhança o mais rápido possível e divulgar o sumiço via cartazes na região e posts nas redes sociais. Uma ação complementa a outra e as duas precisam ser feitas.
Experiência própria
Quando minha gatinha (do mato) Rebecca Selvagem fugiu de casa eu a procurei insistentemente por 37 dias. Foi bem desgastante bater em cada porta, como aliás a Letícia fez. Eu pedi que imobiliárias me abrissem as casas que estavam fechadas à venda ou pra alugar... eu falei com todos os comércios da vizinhança e espalhei cerca de 100 cartazes, além de fazer folders para entregar nas casas.
Mas valeu cada minuto dessa busca porque pude reaver a Rebecca. Estava um "palito", sem voz pra miar, mas viva! Eu conto essa história sob o meu ponto de vista e o dela no fotolivro "Encontrando Rebecca Selvagem - Um busca intensa e cheia de fé" disponível no site da Editora MI-AU Book & Cia. Acesse AQUI
Fátima ChuEcco Jornalista e Escritora - Administradora do grupo do facebook Gatos Perdidos e Encontrados em SP que pode ser acessando AQUI
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