quinta-feira, 13 de julho de 2023

Gatos podem trocar de casa espontaneamente? Sim! Acontece!


 Bob, esse gatinho da foto, muitos anos atrás, atravessava uma rua movimentada para chegar na minha casa e passar o dia com meu gato Dicky. Ele ficava no quintal e dentro de casa, usufruindo de tudo como se fosse um autêntico morador. Mas Bob tinha sua própria casa.

Descobri seu endereço e a tutora dele explicou que ele passava o dia fora e só voltava para dormir. Certa vez foi atropelado. Não morreu, mas dado o risco que ele corria, assim que ele chegava em casa eu o levava de volta. Até que ele não voltou mais. A tutora disse que ele havia sumido, mas tive um sonho em que ele aparecia em casa com uma grande ferida na cabeça. Era uma despedida.

Gatinha Liz seguiu um gatão de vida livre e foi morar com ele

No ano passado também acompanhei o caso de uma gatinha que escapou de sua casa, toda telada, e colocou os tutores em pânico. Foram feitos cartazes, folders, busca intensiva no entorno da casa até que, finalmente, ela foi encontrada na casa de outro gato. Estava vivendo lá e, inclusive, dormindo na casinha dele.

O dono da casa disse que ela chegou e ficou no local espontaneamente. É uma história bem curiosa que pode ser lida na íntegra acessando AQUI

Também vinha em minha casa, todos os dias, um gato que morava na casa de frente ao meu prédio. Ele me chamava e tudo que queria era que eu o pegasse no colo e abraçasse. Ele adorava isso. Eu também! E olha que na casa dele tinha outros gatos e todos eram muito bem tratados.

Quando os tutores se mudaram ele sumiu. Na verdade não queria se mudar e  se escondeu num escritório no mesmo quarteirão. Fiquei com coração partido porque parecia que a gente tinha uma ligação especial. 

Então... sim... alguns gatos podem preferir viver em outra casa ou se dividirem em duas casas próximas caso tenham acesso à rua. Por isso, quando eles fogem ou se perdem, além de procurar muito nos arredores, tem também que panfletar em toda a vizinhança para o caso raro, mas não impossível, do gatinho ter se mudado por conta própria.

Texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia

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terça-feira, 11 de julho de 2023

Se hoje você tem um amado gato em casa... agradeça aos Vikings!


Se você pensa que os gatos pularam do Antigo Egito, onde eram venerados, para o resto do mundo, errou. Foram os vikings (guerreiros nórdicos), que viveram entre 793 d.C e 1066 d.C que espalharam essas bolas de pelo por todos os continentes levando-os em suas embarcações. Os gatos eram muito úteis para impedir que ratos atacassem as dispensas de comida durante as expedições marítimas.

Os vikings, que ganharam fama de grandes saqueadores e exímios guerreiros que lutavam especialmente com machado e espadas, viviam para conquistar cidades. Saíram da região da Escandinava (Noruega, Dinamarca e Suécia) e foram passando pela Inglaterra, Escócia, França, Rússia, Irlanda, Islândia, Groelândia e Canadá. 

Pintura magnífica de Chris Nolan (da abertura também)

Ou seja, se os gatos se espalharam por todo o globo foi graças aos vikings. Isso é o que sugere um estudo minucioso feito num sítio arqueológico da Era Viking pelo Instituto Jacques Monod da França. Foram encontrados vários esqueletos de gatos pontuando que eles viviam nos vilarejos daquela época.

Inclusive, os vikings eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e uma de suas deusas mais importantes, a Freyja, tinha uma pequena carruagem puxada por dois gatos grandes 


Freyja, descrita como uma mulher loira ou ruiva com sardas, era a Deusa do Amor, Beleza, Luxúria e Feitiçaria. Era a Deusa da Cura que podia manipular a fauna e a flora, além de ser uma grande guerreira. 

Freyja era inda protetora dos casamentos e por isso os homens presenteavam suas noivas com peludos gatinhos, provavelmente parecidos com o "gato norueguês da floresta" (foto abaixo). 


Freyja era muito bonita sendo que todos se apaixonavam por ela incluindo "gigantes". Algumas versões dizem que Freyja foi uma das esposas do Deus Odin, pai de Thor, Deus do Trovão e de Loki (retratados nos filmes do Universo Marvel). 

Outros historiadores da mitologia viking dizem que ela nunca foi esposa de Odin, mas viveu no Reino de Asgard (o mesmo de Thor). É uma longa história que pode ser encontrada em muitas páginas do Google.

Essas belíssimas pinturas de Chris Nolan e muitas outras podem ser adquiridas no site https://displate.com/chrisnolan


Elementos que se complementam: vikings, gatos, corvos, dragões e bruxas

Os vikings acreditavam em dragões, elfos e gigantes. Aliás, todo o cenário da mitologia viking está bastante presente nas crenças e rituais das bruxas da Idade Média. Além dos gatos, que tudo indica serem os animais preferidos dos vikings, relatos sobre as bruxas citam que elas também tinham corvos como companhia. O Deus Odin tinha dois corvos de estimação.

Tarot of Pagan Cats

Como uma estudiosa de tarôs de gatos, fui recentemente atraída por um tarô todo ilustrado com gatos, o Tarot of Pagan Cats das artistas Magdelina Messina e Lola Airaghi .  E observei que várias das cartas  remetem aos Vikings. São pinturas dos gatos no mar e numa delas tem até um barquinho estilo viking. Veja abaixo:


Pesquisa e texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia






sábado, 8 de julho de 2023

Mike viveu uma aventura e tanto nos três meses em que ficou desaparecido


Essa é uma história bem útil para tutores e protetores de gato porque, em primeiro lugar, mostra que gatos encontrados na rua, mesmo em péssimo estado, nem sempre estão abandonados. Por isso é bem importante divulgá-los em grupos de bairros e de animais perdidos do Facebook e do Instagram para ver se estão sendo procurados.

Em segundo lugar, o caso do Mike (gatinho da foto) acende um alerta para tutores de gatos rajados (tigrados). Já é bastante angustiante perder um gato de qualquer cor de pelagem, dados os perigos que sabemos que eles enfrentam nas ruas, mas quando se trata de um gato rajado, que é bem comum em SP, a situação se complica porque fica difícil reconhecê-lo por fotos e até mesmo por vídeos. 

Com o Mike aconteceu isso: a tutora Silvia Grota ficou bastante em dúvida se era mesmo o seu gato que tinha sido resgatado e castrado por uma protetora, e depois levado para um lar temporário. "Num primeiro momento achei muito parecido com o Mike, incluindo o temperamento, mas a pelagem e o rostinho estavam um pouco diferentes. Então tive receio de ficar com um gato que podia ser de outra pessoa", conta.


Ao conversar comigo, instruí Silvia a focar no comportamento do bichinho, pois, sabemos que cada gato tem algumas atitudes únicas, que só eles  fazem. 

"Ele sempre gostou de dormir no chão, especialmente em tapetes e em cima de chinelos e sapatos. Então notei que o gatinho que me entregaram, logo que chegou em casa, procurou exatamente o mesmo tapetinho pra deitar e também um par de chinelos. Além disso, ele gostava de beber água num copo que eu deixo debaixo da samambaia e ele foi beber nesse copo também".

No entanto, teve mais um sinal bem emocionante: o gatinho, sem mais nem menos, subiu no colo do marido da Silvia e deitou no peito dele. Pronto! Depois disso não tinha mais dúvida: era mesmo ele!


Uma aventura incrível (saiba como tudo aconteceu)

Começamos o texto pelo final da história, mas a aventura "perigosa" de Mike teve início no dia 5 de janeiro de 2022 durante um campeonato de futebol e estouro de muitas bombas. Ele se assustou e fugiu por uma janela do banheiro. No dia 18 de março, funcionários do Supermercado Assaí da Cohab I, de Arthur Alvim (2 km distante da Silvia), avisaram uma protetora local da presença de um gato no estacionamento, mas ela não conseguiu pegá-lo.

No entanto, uns dias depois, segundo a protetora de nome Flávia, o mesmo gato apareceu no prédio dela gritando muito. Ela teve a impressão que ele sabia que ali poderia conseguir ajuda. Flávia o recolheu e o levou ao veterinário, pois, estava gripado e com sarna. Depois de tratado também foi castrado. E, por fim, transferido a um lar temporário oferecido pela Priscila, amiga da Flávia.

Calma que a história não termina aqui e tem mais acontecimentos incríveis!

Priscila mora a apenas 500 metros da Silvia.  Ela anunciou Mike, que a essa altura era chamado de "Flavinho" (por causa da Flávia que o resgatou), num grupo do Facebook destinado a moradores da Cidade Patriarca. Então a Rosângela, ao ver o post, avisou a Silvia sobre um gato muito parecido com o Mike (também postado nesse mesmo grupo). Reparem:

Depois de ir parar 2km longe de casa, o gatinho estava agora apenas 500 metros distante da tutora. Arrepiou?

Aqui vale lembrar que, certamente, Mike não foi andando da Cidade Patriarca até Arthur Alvim. Em geral, quando gatos fogem de casa eles se escondem na vizinhança, no mesmo quarteirão de casa e, algumas vezes, dependendo do que passaram, ficam a um ou dois quarteirões próximos. Por isso é tão importante, assim que notar que o gato fugiu, procurar intensamente na vizinhança.

Mas algumas vezes eles se escondem em motores de carros fugindo de cães ou de crianças/pessoas que tentam pegá-los por algum motivo. E dessa forma acabam parando em outro bairro porque descem assim que o carro estaciona. Alguns podem ficar bem feridos nessa "viagem", mas outros conseguem sair ilesos e então, sem saber voltar para casa, procuram se virar nos arredores.

Gatos mudam de cor SIM!!!

Anotem essa dica: gato muda de cor SIM! Isso acontece por motivo de doença, desnutrição, anemia, problemas hepáticos e exposição excessiva ao sol. E quando um gato emagrece muito na rua e a pele despenca, suas listras e manchas também podem dar a impressão de estarem diferentes.

Assim, uma pelagem originalmente marrom ou cinza escura pode clarear ou ficar com tons dourados. Tons pretos podem ficar amarronzados. Pelagem branca pode amarelar. Eu mesma tive uma gata preta  de patinhas brancas que, por razão de um linfoma acompanhado por períodos de anemia, foi ficando "ruiva". Primeiramente, a pelagem preta foi ficando marrom e depois alaranjada. Tem até um "filminho" dessa minha gatinha chamada Ághata Borralheira falando disso:


Então, que o caso do Mike sirva de exemplo e também de inspiração. Quem perdeu um gato rajado não deve descartar a hipótese de ter reencontrado seu bichano apenas se baseando em sua aparência. A vida na rua é dura, maltrata, deixa os animais abatidos e diferentes. 

O ideal é observar o comportamento deles para captar  hábitos e manias que só eles tinham. Mas mesmo para isso é necessário dar um tempo. Nem sempre eles se revelam imediatamente. Traumatizados e por vezes doentes, talvez não manifestem nenhum sinal "conhecido" do tutor nos primeiros dias de volta para casa. 

Quando capturei com gatoeira uma gatinha rajada que achei que fosse a minha Rebecca Selvagem, sumida há 37 dias, também fiquei em dúvida. Ela, que já era arisca, estava 10 vezes mais brava e se debatia na gaiola como uma fera. Deixei-a no meu quarto uma semana, separada de minhas outras gatas, para que ficasse mais tranquila. Mas mesmo depois desse período, ainda ficou mais uns dias vivendo dentro do guarda-roupas.

Eu achava que era a Rebecca, mas não tinha certeza. Estava pele e osso. A pelagem parecia mais escura e os olhos menores. Então, quando finalmente começou a se aproximar, numa noite em que eu estava deitada no sofá, ela subiu em cima de mim, esticou vagarosamente um bracinho até tocar meu rosto e cheirou meu nariz como sempre fazia. Era ela!!!

Escrevi um fotolivro sobre essa minha "saga" de mais de um mês (foto) e que está à venda no site www.miaubookecia.com:


Procurando Gatos Perdidos

Administro o grupo do Facebook "Gatos Perdidos e Encontrados no Brasil" que tem muitas dicas para os tutores procurarem seus amados gatinhos no album de fotos e também vários relatos de quem conseguiu achar o gato. 

Além disso, também presto consultoria personalizada pelo whats app:






Fátima ChuEcco - Jornalista e Escritora





sexta-feira, 7 de julho de 2023

Mais um capítulo de "Uma pata lava a outra" na busca de gatos perdidos


 A gatinha Liz, de SP, protagonizou mais uma daquelas histórias desesperadoras em que o tutor acredita que seu bichano, simplesmente, evaporou... de uma hora para outra! E é estrela também de mais um capítulo da Série "Uma pata lava a outra" que costumo contar quando, ao procurar por seu gato perdido, o tutor acaba salvando outro gatinho.

Foi no mês de março de 2022 que Lenira Diaconiuc encontrava-se aflita com o sumiço de sua gatinha. Já tinha revirado seu quarteirão inteiro atrás dela sem qualquer sinal, sem nenhum pelinho sequer deixado para trás e que poderia servir de pista.

Como os gatos, diferentes dos cães, não saem andando pelo bairro - a não ser que entrem no motor de um carro - com a Liz não foi diferente. Ela estava numa casa distante apenas 300 metros da sua e na companhia de outro gato. 

A gatinha de sete meses é castrada, mas isso não a impediu de fazer amizade com um gato bem bonito das redondezas e seguí-lo.

Isso mesmo! Liz estava vivendo na casa de outro gato sem dar satisfação a ninguém. 

É bom salientar que a castração não muda personalidade e nem neutraliza a "adolescência" dos gatos. Os jovens, aventureiros e caçadores podem continuar querendo ir para a rua, por isso, só mesmo a tela de proteção nas casas podem impedir que escapem e corram riscos.

Mas como Liz foi encontrada?

Lenira havia colocado cartazes no portão de entrada da escola que fica na mesma rua de sua casa. Foi quando o pai de um aluno reconheceu a gatinha e ligou para ela.

"Ele disse que Liz chegou acompanhada do gato dele e então ele deixou-a ficar. Quando fui buscá-la, Liz estava deitada numa casinha de transporte toda sossegada. Ficou cinco dias sumida", conta a tutora.

As escolas são de fato excelentes lugares para colocar cartazes porque geralmente há muitos estudantes que moram próximos ou no bairro. Mas algumas escolas proíbem esse tipo de cartaz em suas dependências, então outro caminho é panfletar na entrada dos alunos da manhã e na saída dos alunos da tarde. Lenira destacou a palavra "Procura-se" no cartaz:


Cuidando do emocional

Quando a Lenira me procurou para uma consulta sobre gatos perdidos, fazia apenas dois dias que Liz havia sumido, mas era nítida sua angústia, ansiedade e inconformismo - uma mistura de sentimentos que a maioria dos tutores sente quando o gato "some".

E nessas horas sempre oriento os tutores a fazerem um grande esforço para manter a calma, pois, com a cabeça quente e coração saindo pela boca, ninguém pensa direito. Só que para achar um gatinho é preciso "raciocinar", se colocar no lugar do bichano e calmamente observar que rotas (em todas as direções) ele poderia ter seguido, por onde poderia ter passado ou se escondido... coisas assim.

"Nessas horas não existe coisa melhor do que uma pessoa encorajar a gente, como fez a consultora. Ela me deu muita esperança porque eu já estava desanimando. Ela me ajudou muito a manter a fé para encontrar minha gata".


Mas o que isso tem a ver com "Uma pata lava a outra"?

É que antes de achar a Liz, Lenira e o marido estiveram num lava-jato com muito material de construção onde, aliás, os gatos adoram ficar. Gato AMA cheiro de cimento, areia, tijolo... de alguma forma se sentem bem nesses locais em reforma. 

E nesse lugar, provavelmente, uma gata deu cria e um dos gatinhos estava dentro de um bloco de cimento encostado na parede. Lenira e o marido perceberam pelo miado. Não era recém-nascido, mas filhote... na verdade uma gatinha muito parecida com a Liz que, olhando na foto abaixo, até parece filha dela.

 Vejam que gracinha:


Lenira e a família resolveram ficar com a pequenina e é por isso que digo ser mais uma história da Série "Uma pata lava a outra".

Tem mais algumas no link http://buscacats.blogspot.com 

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos da BuscaCats



quarta-feira, 5 de julho de 2023

Depois de tragédia, cães e gatos de aldeia indígena de São Sebastião (SP) serão castrados


Os cerca de 280 animais que vivem com os indígenas da Aldeia Guarani Rio Silveira, na Praia de Boraceia, em São Sebastião, litoral norte de SP, estão na mira da Santa Causa de Misericórdia Animal (SCMA) para castração. A ONG se prontificou, junto com protetores locais,  a promover o controle populacional de cães e gatos, e um mutirão está agendado para o próximo sábado, 8 de julho.


A Aldeia Guarani Rio Silveira sofreu com as enchentes que assolaram São Sebastião recentemente e, além desse cuidado com os animais, são feitas arrecadações de alimentos e outros itens de necessidade básica, além, é claro, de ração e insumos para os atendimentos veterinários.

Segundo o veterinário Robson Léporo, fundador da SCMA e presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado de SP, a aldeia tem cerca de 600 indivíduos das etnias Guarani, Tupinambá e Pataxó. São 240 famílias e 300 crianças.


Os veterinários, voluntários e protetores locais são sempre recebidos com rituais alegres, bem coloridos e sonoros. 


A Aldeia também confecciona itens decorativos que podem ser vistos no instagram @aldeiraguaraniriosilveira 




A SCMA atua também em outras frentes incluindo animais silvestres (vide foto abaixo), conforme relata o Dr Robson:

"Desde sua fundação tem oferecido serviços de resgate de animais em situação de maus-tratos ou acidentados, tem promovido juntamente com as clínicas parceiras, campanhas de castração, vacinação, estética animal e arrecadação de alimentos.

A clínica social da Santa Causa de Misericórdia Animal, tem como objetivo oferecer atendimento veterinário de qualidade aos mais diversos públicos realizando, inclusive, consultas veterinárias a baixíssimo custo ou até de graça, tudo em prol da causa animal.


A SCMA 
oferece apoio à capacitação técnica especializada, implantando e atuando em cursos livres, como “Curso de Auxiliar Veterinário”, “Curso de Banho e Tosa”, “Curso de Técnicas Cirúrgicas”, Palestras, Workshops e quaisquer outros títulos que se façam necessários conforme necessidade de mercado, tendência e novas técnicas de mercado.

Além, é claro, da missão em si, ou seja, somos uma instituição para proteção animal e está em nosso DNA o resgate e a luta por bons-tratos".

ATENÇÃO: Você também pode colaborar financeiramente ou participar do projeto da SCMA na Aldeia Guarani Rio Silveira de outras formas acessando o site da ONG AQUI

 

Fotos: Cedidas pela SCMA

Texto: Fátima Chu🌎Ecco jornalista, escritora, consultora da @buscacats 😻e fundadora da editora @miaubookecia 🐶🐱

terça-feira, 4 de julho de 2023

Como as aves se protegem do frio durante o inverno?

Madrugadas com 7 graus... às vezes 5 graus ou até menos. E como será que as aves brasileiras, acostumadas a esse país ensolarado, se protegem das baixas temperaturas no inverno? Certamente não é com o cachecol que deixa ainda mais graciosa essa imagem de um "sébito-de-noronha" fotografado por Ciro Albano.

Quem explica é a SAVE Brasil, que há 15 anos trabalha na conservação das aves e dos ambientes, conectando as pessoas à natureza. 

Vejam que interessante:

"No inverno, todos querem apenas hibernar debaixo das cobertas. Mas para nossos amigos voadores, essa não é uma opção viável. Como as aves não podem acumular muita gordura devido ao voo, elas desenvolveram outras estratégias para enfrentar o frio.

Com a chegada do inverno, muitas criaturas migratórias deixam suas áreas de reprodução em busca de regiões com temperaturas mais amenas e maior disponibilidade de alimentos. É como se animais que vivem no sudeste voassem para a região Amazônica em busca de melhores condições.

A fim de escapar do frio, pássaros que habitam altitudes elevadas nas serras do Sudeste, como o beija-flor-rubi, o beija-flor-de-papo-branco e a saíra-lagarta, descem para áreas mais baixas, onde o clima é mais suave.

Além disso, o inverno é uma estação que nos proporciona a oportunidade de observar um fenômeno incrível no mundo das criaturas aéreas: os bandos mistos!

Esses grupos são formados por diferentes espécies que se unem para buscar alimento juntas. Além de reduzir o risco de serem capturadas por predadores, estar em grupo aumenta a chance de capturar presas que poderiam escapar de um único membro do bando.

Surpreendente, não é mesmo? O inverno é uma estação fantástica tanto para os seres voadores quanto para nós!".

E atenção 🐦: se você AMA pássaros 🐤 tem muito mais coisas para ver e aprender no site da SAVE (www.savebrasil.org.br), instagram savebrasil ou facebook

São vários projetos e eventos, inclusive o "Vem Passarinhar Sampa"  🐥com observação de aves nos parques municipais. Participe!

Ah... e embora o talentoso Ciro Albano dispense apresentações, não poderia deixar de recomendar que vejam as belíssimas fotos de aves e outros animais no instagram https://www.instagram.com/ciroalbano/

Texto: Fátima ChuEcco🌎 jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia



segunda-feira, 3 de julho de 2023

Chimpanzés apenas lembram ou de fato são pessoas?



Essa belíssima foto de Tim Flach revela o quanto os chimpanzés lembram humanos. Mas será que apenas "lembram"? Ou de fato são pessoas? 

Os primatas não possuem patas, mas mãos e pés. Eles sorriem e riem... até gargalham. Possuem inúmeros sons para se comunicar, igualzinho como o homem fazia para se comunicar no tempo das cavernas. Existe um claro sentido de moral e também sentimento de luto entre os chimpanzés.

As expressões faciais são impressionantes. 

Eles fazem ferramentas com galhos, pedras e folhas. Possuem complexas estruturas sociais, aprendem a se comunicar por meio da linguagem dos sinais e a utilizar o computador com o raciocínio equivalente ao de uma criança de sete ou oito anos. Podem se reconhecer no espelho, assim como outros animais ou pessoas por meio de fotos.

Ver uma foto dessas ainda deixa dúvidas?

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e apaixonada pelos primatas


sexta-feira, 30 de junho de 2023

Foguetes atingem Santuário de Gatos e outros animais da Síria. Divulgue! Ajude!


O Ernesto´s Sanctuary for Cats in Syria nasceu com o propósito de abrigar gatinhos vítimas da guerra. Feridos, famintos, doentes ou presos entre escombros, eles encontraram um lar maravilhoso administrado pelo "Homem Gato de Aleppo" (como ficou conhecido Alaa Aljaleel, o motorista de ambulância que socorria gatos nas cidades bombardeadas da Síria).


Semana passada dois foguetes atingiram o Santuário destruindo parte da instalação. Vinte gatinhos morreram e vários ficaram feridos. 

Duas raposas escaparam do seu recinto.




Não é a primeira vez que a equipe do Ernesto`s Sanctuary sofre com bombardeios. Anos atrás a sede do grupo foi totalmente destruída e eles tiveram que se mudar para recomeçar. Aliás, o nome Ernesto é uma homenagem a um dos primeiros gatinhos resgatados pelo Homem de Aleppo .


Embora a proposta inicial tenha sido o resgate de gatos, hoje o Santuário abriga também cães, aves, coelhos, burrinhos, cavalos, macacos... inúmeras espécies! 

Parece uma Arca de Noé mas em terra firme!


 É incrível como eles se dão bem (vide vídeos abaixo)

Reuní algumas das fotos mais encantadoras para você mergulhar nesse universo que transborda solidariedade, amor, união... mas que vive sob a ameaça de conflito armado.

Fiz um vídeo com os gatos (tem mais de 500 deles no Santuário) 

E fiz um segundo vídeo com os cães e outros animais


Tenho certeza que você vai adorar ver onde e como eles vivem. E depois disso, por favor, compartilhe e se puder ajude. O Santuário precisa consertar a área danificada.

Acesse a página do Ernesto`s Sanctuary no facebook clicando aqui e o site aqui

Veja outra matéria, mais detalhada, que fiz sobre esse trabalho clicando aqui

VEJA abaixo vídeo com os adoráveis gatinhos do Santuário:


Veja abaixo os encantadores e "sorridentes" cães do Santuário e outros animais:



Pesquisa e texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia Fotos: Facebook TheSyrianCatMen



terça-feira, 27 de junho de 2023

Pura Emoção: gatinha de 15 anos é encontrada viva depois de 37 dias perdida



Josete Marcia Villani chorou muito, mas foi de felicidade ao recuperar sua gatinha idosa, de 15 anos, em maio deste ano. Ela ficou presa em um quartinho por muitos dias sem comida. O local fica exatamente atrás de sua casa, no mesmo quarteirão. 

"Estava pele e osso, sem forças para nada. Se eu não a encontrasse ela teria morrido trancada naquele lugar", conta a tutora de SP.

Dara nunca tinha saído de casa, mas escapou numa noite, sem que a tutora visse, pela porta da frente.  O pior é que sua ausência só foi notada no dia seguinte: "Cheguei do trabalho muito cansada e deixei a cachorrinha sair um pouco na calçada. Não percebi que Dara saiu e fui dormir. Na manhã seguinte foi que percebi que ela não estava em casa e daí pra frente foi uma corrida contra o tempo para encontrá-la".

Foram 37 dias de angústia procurando pela Dara nos arredores da casa e quarteirões próximos até que, finalmente, um pedreiro avisou que a gatinha estava num quartinho com material de construção e ferramentas que ele mesmo havia vedado a entrada. Ele cravou uma telha de PVC no solo e ainda reforçou a base com mais terra. Então não tinha como a gatinha sair.

Ou seja, Dara devia estar utilizando o lugar para se abrigar e saindo à noite em busca de alimento, mas quando o pedreiro interrompeu por um tempo a obra e fechou o quartinho, não percebeu que a gata estava lá dentro. E se ela miou ninguém ouviu ou nem desconfiou que o miado vinha do quartinho.

Dara voltando a comer normalmente sob o olhar atento da Teka


Ações que salvam

Apesar do estado crítico em que Dara foi encontrada, ela certamente não ficou presa no quartinho por 37 dias, pois não teria sobrevivido tanto tempo. O mais provável é que Dara tenha tido acesso aos pontos de alimentação criados pela Josete, sob orientação da @BuscaCats, antes de ficar acidentalmente presa. Assim, ela já andava razoavelmente alimentada quando ficou, de repente, privada de comida, e por isso aguentou por mais tempo.

Água da chuva e uma ou outra barata talvez tenham sido suas únicas fontes de alimento por vários apavorantes dias sozinha naquele lugar.

Do quartinho Dara foi direto para uma clínica onde ficou internada. 

"Quando soube que ela tinha sido resgatada saí correndo do trabalho. Quando ela me viu na clínica deu um miado alto, desesperado. A felicidade tomou conta de nós duas. No início foi preciso alimentá-la com seringa e na veia. Estava muito fraca. Dias bem difíceis, mas aos poucos ela está voltando a comer normalmente. Não estava ferida ou doente. O problema foi a falta de alimento", diz Josete.



Atenção: Imóveis em reforma, prédios em obra e locais com material de construção como esse onde Dara foi achada são os locais mais procurados por gatos perdidos além, é claro, de casas vazias, à venda ou abandonadas.

Por isso, quando Josete me procurou pela @BuscaCats a orientação foi checar todos os locais vazios ou em obra que, aliás, ela fez. No entanto, esse quartinho ficava num corredor onde vários outros quartinhos eram alugados e Josete não descobriu que um deles era só para guardar material de construção.

Três fatores contribuíram para o feliz reencontro: a fé, que sempre ressalto ser crucial nessas histórias com final feliz. Josete acreditava que iria achar a Dara. 

Além disso, em segundo lugar, o quartinho tinha como vizinha a casa de sua prima, que também tem gatos. Então o pedreiro foi logo batendo na casa achando que podia ser um dos gatos dela.

E o terceiro fator foi a alimentação oferecida diariamente e de forma estratégica nos arredores da casa por orientação da @BuscaCats. Dara com certeza se beneficiou dos pontos de alimentação fixos, o que lhe deu condições de sobreviver por mais tempo quando ficou trancada sabe-se lá por quantos dias.



Essa emocionante história nos dá uma importante lição: não desista de procurar seu gato perdido por mais que você desanime no meio do caminho. Se ele estiver vivo e nos arredores (que é o mais comum de acontecer), ele depende principalmente de você para encontrá-lo e ele "conta" com isso.

Tenho certeza que, ao mesmo tempo em que Josete pensava o tempo todo na Dara, colava cartazes, distribuía panfletos e ração na vizihança, a gatinha Dara também pensava na Josete a cada minuto, sonhando com o dia em que aquela porta do quartinho se abrisse. E isso também deu forças para ela, nessa idade, superar a dura experiência.

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @BuscaCats e fundadora da editora @Miaubookecia







sábado, 24 de junho de 2023

Vórtex é minissérie de suspense da Netflix que vale cada capítulo


Se você é do tipo que gosta de filme de suspense para tentar descobrir quem é o assassino, a dica é ver "Vórtex", minissérie francesa com apenas seis capítulos. O roteiro, muito bem construído, se passa em 2025 quando a polícia já possui um sistema de realidade virtual chamado "Vórtex" que coloca os investigadores no local do crime para checar detalhes que podem não ter sido notados na inspeção de campo.

É quando um policial mergulha no cenário virtual onde uma mulher supostamente cometeu suicídio recentemente, mas que também foi palco do suposto acidente fatal de sua esposa 27 anos atrás. Ocorre que, ao investigar o caso atual, uma falha no sistema operacional faz com que ele se depare com o passado e comece a desconfiar que sua mulher foi na verdade assassinada.

Garanto que desde o primeiro capítulo você vai querer acompanhar tudo bem de pertinho porque, além  da questão do reencontro do casal num ambiente virtual, tem também o "efeito borboleta" permeando toda a história. A teoria do "efeito borboleta" diz que que quando se mexe numa peça do passado, por menor que seja, todas as demais peças também saem do lugar porque, numa explicação simplória,  "o bater das asas de uma borboleta tem conexão e produz efeitos em todo o resto do planeta".

Assim, cada item que o policial vai modificando dentro da realidade virtual traz consequências na vida real. É bárbaro! A série é criação de duas mulheres: Camille Couasse e Sarah Farkas, com direção de Slimane-Baptiste Berhoun. Veja o trailer:

Não darei spoiler, mas acho que posso dizer que muita gente ficará satisfeita com o final. E convido para um exercício: imagine se você tivesse feito alguma coisa diferente no seu passado, por exemplo, aceitado aquele emprego que não te pareceu atraente, feito algum curso ou viagem... ou tivesse se casado com outra pessoa... ou decidido morar em outra cidade. Imagine alguma peça do seu passado sendo alterada, ainda que seja uma pequena alteração... e deslumbre quanta coisa a partir daí também não teria se alterado... talvez sua vida seria hoje completamente diferente.

Texto Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @BuscaCats e fundadora da editora @miaubookecia

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Dica de filmes envolventes e inteligentes da Netflix para quem AMA suspense


Anote esse nome: BADLA. Estranho? É um filme indiano de 2019 sensacional, sustentado em jogo mental e remake do não menos fantástico "Um contratempo" (espanhol de 2016), também disponível na Netflix. Não é lançamento, mas vale a pena procurar entre os suspenses da Netflix. Supersuper recomendo!

Dirigido por Sujoy Ghosh, o roteiro é envolvente e nos leva a acompanhar o relato de um assassinato cheio de hipóteses. Você, certamente, também tirará suas próprias conclusões no desenrolar da trama e isso, aliás, é o ponto forte do filme, como é no original espanhol.

Os atores são excelentes: Amitabh Bachchan, Taapsee Pannu, Tony Luke e Amrita Singh. E é o tipo de filme gostoso de assistir com mais pessoas porque vira uma espécie de exercício de raciocínio lógico em que todo mundo é motivado a tirar conclusões e fazer suas apostas num determinado desfecho.

Agora vou dizer o que me levou a ver esse filme: a trilha da abertura assinada pelo artista Jassie Gill - Abum Aukaat que tem 8 milhões de seguidores (e agora eu tb). AMEI a música da abertura e que pode ser conferida nos clipes abaixo, com cenas do filme:




Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora. consultora da @BuscaCats e fundadora da editora @Miaubookecia



Os gatos são muito expressivos e até Darwin notou isso

"Os gatos usam muito a voz como meio de expressão e emitem, sob várias circunstâncias e emoções, pelo menos seis ou sete sons diferente...