domingo, 27 de março de 2016

A EVOLUÇÃO DOS LIVROS DE COLORIR


Engana-se quem pensa que os livros de colorir foram uma moda passageira.  É verdade que houve uma euforia passageira no início e que muita gente se decepcionou com desenhos com espaços minúsculos e livros muito semelhantes uns aos outros. Por outro lado, muita gente também se descobriu na pintura, adotou como hobby essa atividade e passou a procurar livros mais interessantes e próximos de seus gostos pessoais. 

Assim, podemos apenas dizer que esses livros “passaram” pela vida de muita gente sem causar paixão, mas cada vez mais descubro gente realmente envolvida com os livros de colorir. Uma página no facebook tem quase 40 mil membros e todo dia chovem postagens de desenhos coloridos nela. E ontem descobri uma obra que RETRATA a EVOLUÇÃO DOS LIVROS DE COLORIR.  É O ANIMORPHIA do artista filipino KERBY ROSANES.  Ele tem apenas 24 anos e já uma celebridade da Doodle Art ou, para simplificar, arte do rabisco.


Aliás, para provar que os livros de colorir vieram para ficar, basta ir até a livraria Cultura da Av Paulista. No último andar, na sofisticada seção de livros sobre fotografia, tem uma ala LOTADA de livros de colorir, na maioria estrangeiros e com todo tipo de tema: pessoas, animais, decoração, moda, flores, obras de arte, carros, mangá, heróis dos quadrinhos... tanta coisa que dá para passar o dia lá.

E entre tanto livro bom se destaca o de Kerby com belíssimos desenhos de animais selvagens com jubas ou partes do corpo formadas por centenas de outras pequenas criaturas. Um universo tão rico e encantador que até quem nunca gostou de pintar pode se interessar pela atividade. Há muitos livros de colorir com animais selvagens, mas a diferença é que Kerby retratou camaleão, matilha de lobos e chimpanzés usando relógio! Cenas inusitadas. E onde mais vamos achar um livro de colorir com o raro DRAGÃO DE KOMODO?


Quando cheguei em casa já me atirei na mesa onde estão meus lápis de cor. Foi uma viagem colorir camaleões em meio a outros seres minúsculos escondidos na floresta.  Mas atenção: esse livro é com papel reciclado que costuma chupar tinta de canetinha bem mais que papel comum branco. Por isso use apena lápis de cor e lápis de cera – como fiz na foto postada aqui do camaleão. Só uso canetinha quando o papel é branco e grosso. Abaixo algumas das fantásticas páginas desse livro que é um dos melhores que já vi para colorir...  e olha que tenho muitos, pesquiso sempre livros desse tipo. Recomendadíssimo!!!





E vale lembrar: colorir é de fato relaxante. Tira a gente desse mundo, dá asas a a nossa criatividade, nos ajuda a expressar o que há de melhor em nós mesmos, dá uma sensação de prazer e orgulho quando vemos o desenho terminado... e é um exercício pleno de cromoterapia porque à medida que a gente pinta vamos absorvendo todas aquelas cores... e isso motiva a gratidão porque é realmente um grande presente poder encher os olhos com tantas cores e tons. É uma atividade completa que mexe com os olhos, senso de estética, cérebro, mãos, emoção, dá auto-estima, afasta a solidão... substitui fácil consumo exagerado de chocolate, café, alcool, drogas ou tranqulizantes. Mas tem que tentar...

Texto: Fátima ChuEcco... jornalista que se descobriu na pintura de livros de colorir




Um comentário:

PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...