quarta-feira, 3 de junho de 2020

Você pensava ser de outro planeta quando era criança? Isso é comum, atípico ou pode até ter um fundo de verdade?


Assistindo a um filme chamado "Ensinando a Viver" (2007), cujo título original é "Martian Child", numa Sessão da Tarde da Globo que fora da quarentena dificilmente eu teria visto, me lembrei que assim como o garotinho do filme eu também cheguei a pensar que era de outro planeta quando criança.

Gostaria muito de saber se isso aconteceu com alguns membros desses grupos do Facebook focados em OVNIs e extraterrestres.

No meu caso, creio que tinha por volta de sete anos de idade. Todo final de tarde eu me sentava sozinha no quintal e ficava esperando um nave vir me buscar. Não lembro por quanto tempo fiz isso, mas obviamente desisti de esperar. Também não consigo me lembrar o que me levou a esse comportamento esperançoso de ser "resgatada" da Terra.  Talvez a leitura do livro "O pequeno príncipe"... talvez.

Nesse filme o garotinho acredita ser de Marte e estar numa missão para aprender sobre os terráqueos. É bem interessante. No enredo existe uma razão para ele se comportar dessa forma - que não vou contar pra não estragar a surpresa de quem não viu o filme. Mas me surgiu a curiosidade de saber se pessoas como eu, bem interessadas em alienígenas e que até sonham com eles e com outros mundos, tiveram também essa fase na infância de acharem que não pertenciam a esse planeta.

Nos estudos sobre crianças índigos e cristais, que sempre existiram, mas cada vez aumenta mais a presença delas nesse planeta, há relatos de meninos e meninas dizendo que não pertencem à Terra e que muitas vezes não conseguem se relacionar bem com outras crianças por sentirem-se  "fora do lugar". A inadequação, no entanto, nem sempre vem acompanhada de isolamento e timidez. Pode ser exatamente o contrário.

Apenas para ilustrar, eu tb tive problemas no pré-primário, aos seis anos de idade. Aliás, só me lembro da minha vida daí pra frente. A sala tinha vários mesas quadradas coletivas, mas meninas e meninos sentavam separados. Eu era muito falante... perturbava muito a aula. Então a professora Vicentina (lembro até do nome dela) me colocava na mesa dos meninos, só que não adiantava nada porque continuava falando feito um papagaio. E eu pintava com tanta força os desenhos que chegava a furar o papel. E me lembro dela chamar a atenção da minha mãe sobre isso.

No filme em questão o garotinho obviamente tb não se ajusta as salas de aula. Ele tem um mundo só dele, mas não sofre de autismo. É também muito inteligente e tem algumas habilidade que vale a pena citar: sente o sabor das cores. Isso é possível?

Bem... aprendemos a separar muito bem todos os sentidos... o olfato, o paladar, a audição, a visão... de forma a funcionarem sem interferirem uns nos outros. Mas alguns de vcs tb já devem ter tido a experiência de, por exemplo, sentir o cheiro ou o sabor de uma cor. Eu tb já tive isso em sonho, mas com os olhos abertos nunca.

Vejam o trailer do filme e contem suas experiências nos comentários ao final dessa matéria. É mais fácil postar o comentário de forma anônima citando seu nome ao final do texto.



Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora www.miaubookecia.com



Um comentário:

  1. Bem , quando era bem pequena apesar de ser bem cuidada , com muito carinho e afeto, 1ª filha, 1ªsobrinha, 1ªneta , era uma criança tristonha , sentia muita saudade...deitava-me a tarde no telhado da varanda aguardando o anoitecer pq queria ver minha casa, queria muito voltar para casa e entristecia minha mãe quando dizia que sentia falta de casa. Aprendi a ler sózinha por volta dos 4 anos associando as palavras nas imagens dos anúncios com as palavras do jornal que meu pai lia toda noite, amava ler. Assim que iniciei na escola minha mãe foi chamada pela diretora que de pronto lhe perguntou se eu era uma criança normal de tão quietinha, parada mesmo , que eu ficava em sala de aula e no pátio no recreio não brincava pq achava muito chato , as outras crianças era tão bobas, brigavam por tudo mas o que mais me incomodava era seu egoísmo com tudo principalmente com o lanche, que aliás eu não comia , quase não comia, a comida para mim era estranha. Fui crescendo e me adaptando,mas nunca me senti muito pertencendo a esse lugar. Estudei , graduei-me , trabalho na minha área, amo o que faço mas estou sempre pensando em quando partirei parei para casa.

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