sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Gata escapa com roupa cirúrgica e é devolvida por outro gato


No começo eu também não colocava uma fé em alguns relatos que diziam que gatinhos de rua podiam ajudar a localizar gatos perdidos. Mas esses relatos foram se multiplicando e alguns deles, de tão impressionantes, já postei neste blog - leia AQUI e AQUI

Na verdade, eu mesma já contei com a ajuda de um gatinho para ter minha gatinha de volta. Ele se chamava Ginger e ilustra a capa do grupo que administro no face chamado Gatos Perdidos e Encontrados em SP. Acesse o grupo AQUI.

O relato agora é da Amanda Almeida, da Vila Mariana, SP. No dia 30 de janeiro a sua gatinha Janis (foto de abertura), que é arisca e assustada, fugiu de casa com roupinha cirúrgica. Imaginem o desespero!!! Ela estava há três dias trancada num quarto para se recuperar da cirurgia, mas num vacilo conseguiu escapar para o jardim e evaporou (coisa que os gatos sabem muito bem fazer: evaporar!).

Janis foi resgatada da rua e já é castrada e microchipada, mas nem deu tempo de alguém vê-la e comunicar a tutora porque ela teve ajuda de um outro gato, conforme Amanda conta:

"Ela voltou pra casa! Podem me chamar de louca, mas eu li um comentário na internet dizendo para sair na vizinhança e pedir para outros gatos trazerem ela de volta e ela voltou à noite com outro gato de rua que ronda aqui a casa. Chegou cheia de fome, mas está bem!!!".

Como sempre digo no grupo do Face, os gatos normalmente ficam perto de suas casas quando fogem. Isso só não ocorre quando são levados embora por alguém ou, por exemplo, entram no motor de um carro e vão parar longe. Mas geralmente ficam no próprio quarteirão de suas casas ou em um ou dois quarteirões mais próximos.

Falar com todos os vizinhos, sem pular um, é fundamental, mas pelo visto, comunicar os gatos que vivem soltos na região pode também dar resultado. Os gatos são bem telepatas... então não custa tentar.

Consultoria personalizada


Fátima ChuEcco é jornalista e escritora, autora do fotolivro "Encontrando Rebecca Selvagem - Uma busca intensa e cheia de fé", em que narra a busca por sua gatinha por 37 dias. O livro pode ser adquirido em www.miaubookecia.com 








quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Erros clássicos que tutores cometem aos procurar seus gatos desaparecidos


Essa semana soube do caso de uma tutora que encontrou o gato preso pelo rabo em uma cerca depois de um mês desaparecido. O ferimento foi muito grave e ele teve que amputar uma pata. Mas certamente morreria se não tivesse sido encontrado.

Esse é só um exemplo do que pode acontecer com um gato desaparecido. Infelizmente, muita gente, mas muita gente mesmo, ainda pensa dessa forma:

"Se meu gato estivesse por perto já tinha voltado para casa... porque ele sempre volta!"

Acontece que nem mesmo o "sempre" dura pra sempre. Muitas coisas podem acontecer com um gatinho na rua, inclusive com aqueles acostumados a sair para dar umas voltinhas. 

Há perigo por toda parte: cachorros, gente maldosa, veneno, carros em alta velocidade... 

Por isso, um dia ele pode não voltar.


Mas também não quer dizer que esteja morto ou que tenha sido levado embora por alguém. Claro que essas hipóteses também são válidas, mas muitas outras também são.

Um dos maiores erros dos tutores é não focar a vizinhança: cada casa, prédio, loja, terreno baldio, estacionamento, imóvel à venda, edifício em construção... cada cantinho do quarteirão.

E tb clínicas das redondezas pq se o gato sofreu um acidente alguém pode ter socorrido e levado numa clínica próxima.

Eu mesma uma vez reparei numa gata tentando se equilibrar no suporte do teto de uma varanda enquanto o morador com uma mangueira jogava água nela para forçá-la a descer.  A gata estava em pânico e não descia de jeito nenhum. Tinha entrado naquela casa por acaso.

Pedi uma cadeira para alcançar a gatinha e consegui pegá-la. Na mesma hora levei numa veterinária ali próxima, pois, imaginei que se tratava de uma gata que tinha fugido de casa na vizinhança. A veterinária reconheceu a cicatriz de uma castração recente que ela mesma tinha feito. Ligou para a tutora e a gata realmente tinha fugido de casa.

Casos assim acontecem todo dia aos montes.


Noutra ocasião reparei num rapaz que estava há um mês colando cartazes pelo bairro com a foto de seu gato. Ele disse que o gato nunca tinha saído de casa e que era muito medroso. Então calculei que esse gatinho não iria longe. Certamente estava escondido em algum lugar muito perto da casa dele.

Perguntei se havia alguma reforma na vizinhança (porque gato adora se esconder em entulhos e materiais de construção) e o tutor disse que uma loja vizinha a sua casa estava com pedreiros. Recomendei que olhasse bem nesse local. Bingo!

O gatinho estava no forro, quietinho, feito uma estátua, sem dar um pio... ops... mio.

Provavelmente não saía de dia com medo dos pedreiros e de noite ficava trancado. Deve ter sobrevivido com restos de comida, baratas e água da chuva. Claro que estava puro osso.

É por conta de casos como esses, muito comuns, que insisto que as pessoas procurem seus gatos na vizinhança. Criei um grupo no facebook  chamado "Gatos perdidos e encontrados em SP" justamente para passar algumas dicas que eu mesma utilizei quando fiquei com uma gatinha perdida por 37 dias.

No album de fotos desse grupo dou 12 dicas valiosas, mas que é preciso ter muita força de vontade e paciência para seguir. Eu mesma quase joguei a toalha enquanto procurava minha gata, mas nunca desisti e consegui encontrá-la. 

Minha experiência está contada e ilustrada por fotos no livro "Encontrando Rebecca Selvagem - Uma busca intensa e cheia de fé" da Editora Mi-Au Book & Cia.  O fotolivro tem a minha versão da busca, narrando várias dicas, e tb a "suposta" versão da Rebecca. Para adquirir acesse AQUI


CONSULTORIA PARA ENCONTRAR GATOS PERDIDOS

Além das dicas expostas no grupo do face e do livro, recentemente tb passei a oferecer consultoria para encontrar gatos perdidos para quem deseja um atendimento mais individualizado.

Analiso o tipo de fuga (ou desparecimento), a personalidade do gato e o perfil da vizinhança para traçar uma estratégia de busca a ser realizada pelo próprio tutor. A consultoria é feita pelo whats app 11 94682-6104 e tem um valor bem acessível de R$ 50 (cinquenta reais).


Fátima ChuEcco Jornalista/escritora www.miaubookecia.com







quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Perdeu o gatinho? Olhe bem pertinho!!!


Diferentes dos cães, que são andarilhos por natureza, os gatos quando fogem ou se perdem não vão longe. Normalmente se escondem na vizinhança mais próxima, às vezes até nas casas e prédios vizinhos. Isso só não acontece em situações mais raras quando, por exemplo, o gato entra no motor de um carro e pode ser levado para longe ou... se alguém pegá-lo e levá-lo embora com boa ou má intenção.

Por isso, a primeira coisa a fazer é procurar bem perto mesmo, a começar pela própria casa ou prédio. Há alguns anos venho ouvindo relatos de tutores que passaram dias procurando o gato no bairro todo, mas acabaram encontrando a poucos metros de casa. Aqui mesmo nesse blog tem algumas matérias de pessoas que encontraram os gatos até dentro de casa depois de horas de desespero!

Mas não basta procurar na vizinhança. Tem também que falar com os vizinhos, até com os desafetos e, aliás, principalmente com eles. Diante da sua humildade e desespero, até mesmo quem não vai muito com a sua cara acabará te ajudando caso veja o gato perdido. Evitar conversar com quem você não tem uma relação muito amigável é um erro porque seu gato pode entrar justamente na casa dessa pessoa.

A Karin Piatek, de SP, teve uma experiência interessante nesse sentido ao procurar sua gata chamada Bonequinha (foto de abertura com a gatinha lendo o livro da Ághata Borralheira). Vejam:

"Por experiência própria eu aconselho que fale com TODOS os vizinhos do quarteirão. Minha gata fugiu por um buraco no gatil (devidamente consertado) e ficou sumida por quatro dias. Saíamos todos os dias chamando por ela, distribuindo cartazes para quem nos atendesse, falando com gente na rua. Minha sorte foi ter falado com os vizinhos. Ela entrou numa casa da rua de trás e estava escondida e não conseguia sair. Se eu não tivesse avisado, meu vizinho a colocaria pra fora pelo portão (que dá pra uma rua movimentada) e ai ela se perderia mesmo (como gatinha aérea ela saberia voltar pelos telhados, mas por terra não)".

E aconselha: "Coloque cartazes pelos comércios (padaria, farmácia, posto de combustível etc) , petshops, casas de ração e clinicas veterinárias. Saia para procurar todos os dias porque eles ficam acuados de medo e se escondem. Já vi relato de uma gatinha que a dona não desistiu, procurou por 37 dias e a encontrou com ajuda de estranhos. Foi resgatada e, apesar de magra e assustada, estava bem".

                                                    Gata Bonequinha

No grupo do facebook "Gatos perdidos e encontrados em SP" que administro tem também várias dicas, incluindo um album de fotos com dicas testadas e aprovadas.

Veja outras matérias com dicas de como encontrar gatos perdidos acessando os links abaixo:

https://jornalistafatima.blogspot.com/2021/01/gatos-perdidos-se-escondem-em-casas.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/11/como-encontrar-gatos-perdidos-dicas-e.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/12/procurem-gatos-sumidos-em-motores-de.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/12/gata-entrou-em-motor-de-carro-e-foi.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/12/gata-cava-buraco-debaixo-da-cama-e.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/12/relatos-sobre-gatos-que-ajudaram-achar.html 

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/12/se-seu-gato-esta-perdido-peca-ajuda.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2020/11/erros-classicos-que-tutores-cometem-aos.html

Consulta personalizada

Orientações para procurar o gatinho em locais onde o tutor nem imagina que ele esteja. Orientação também sobre a melhor forma de envolver os vizinhos na busca e outras dicas para manter o gatinho perdido por perto ou atraí-lo. A consultoria é feita por meio de uma conversa pelo whats app de cerca de uma hora e meia a duas horas. O valor é R$ 50 (pago por depósito bancário).




Fátima ChuEcco jornalista e escritora - administradora do grupo "Gatos perdidos e encontrados em SP" e autora do fotolivro "Rebecca Selvagem - Uma busca intensa e cheia de fé" que pode ser adquirido AQUI

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

ONGs ganham espaço no "Encantadores de Pets", apresentado pela encantadora Jacqueline Sato



Todos estávamos com muita saudade de um programa de TV sobre animais domésticos, mas agora tem o "Encantadores de Pets", exibido na Band aos sábados às 12h45, e que conta com uma apresentadora muito encantadora também, a Jacqueline Sato - uma amante declarada de animais e superapaixonada por gatos. E antes que perguntem, eu já respondo: ela não é da família da Sabrina Sato. É que Sato é um sobrenome comum no Japão.

O programa tem um espaço "valioso" para que Jacqueline apresente o trabalho de ONGs de proteção animal. Ela entrevista os protetores de animais e interage com os convidados "peludos" fazendo cafuné, pegando no colo e demonstrando visivelmente seu amor por eles. 



Nos últimos episódios ela mostrou o trabalho da Ampara Animal e da ONG Moradores de Rua e Seus Cães - entidades muito respeitadas e que realizam trabalhos importantes - no caso da Ampara, até com animais selvagens e silvestres.

É um "quadro" do programa delicioso que possibilita maior visibilidade as ONGs que realizam um árduo trabalho de resgate, socorro veterinário, castração, adoção... tanta coisa!!!

Jacqueline, que é também atriz e modelo, tem sua própria ONG, a "House of Cats" , que desde 2011 já resgatou 1.200 gatinhos, mas só recentemente conseguiu uma sede. Acesse o facebook da House AQUI e o Instagram AQUI.  Vejam esse gatinho da ONG:


O programa tem ainda uma seção de vídeos com cenas hilárias e fofas com cães e gatos. 

E você pode participar enviando seu vídeo pelo whats app 11 93451-1094

O maior tempo do programa é dedicado aos casos atendidos por Jackson Galaxy (Encantador de Gatos) e Cesar Milan (Encantador de Cães),  e com os quais muita gente se identifica. Eu mesma, no programa do dia 30 de janeiro, me identifiquei com o caso de um gato "lambedor" de pés, dedos, pernas e mãos. Tenho uma gata, a Dianna, que vive tentando me lamber toda, especialmente se eu estiver com creme repelente de insetos ou protetor solar. Ela até agarra meu braço para eu não fugir. E aí Jackson?!

E o mais bacana desse episódio foi o Jackson explicar que o gatinho de perninhas curtas, da raça Munchkin, na verdade é um felino "anão", cuja mutação genética o impede de executar as coisas mais básicas com pular para alcançar locais mais altos. Disse que é uma raça derivada de um gato "deficiente físico", mas que "alguém achou bonitinho e resolveu procriar para venda". O resultado é uma vida limitada que Jackson não escondeu do espectador. Ah esses humanos desumanos!


Emoção:

Jacqueline vai conduzindo cada episódio do "Encantadores de Pets" com um certo "mistério", enquanto a gente vai torcendo para os animais não serem descartados ou doados por seus tutores. Eu fico com o coração na mão! Para quem não sabe, lá nos EUA, os tutores podem entregar seus animais para os canis municipais e o final deles pode ser muito triste. 

Por isso Jackson e Cesar fazem tudo que podem para ajustar os peludos aos seus lares.

Diferente do Brasil, que tem lei proibindo sacrifício de animais na maioria dos Estados - a começar por SP cuja lei é de 2008 - em várias cidades dos EUA ainda é permitido capturar animais das ruas e sacrificá-los, mesmo que estejam saudáveis. Por isso que a gente ouve muita gente que visita os EUA exclamar: "Nossa... não se vê animal de rua nos EUA!". Não se vê porque são capturados e ficam por um período nos canis, mas se depois de um tempo ninguém adotar... 

Vários desenhos e filmes americanos abordam essa triste realidade como "A Vida Secreta dos Pets" e "Hotel bom para cachorro". Conto direitinho sobre isso na matéria que pode ser acessada AQUI

E por enquanto fica minha recomendação: assistam ao programa! Os amantes e protetores precisam dessa visibilidade na TV brasileira!!!

Facebook do Encantadores acesse AQUI

Instagram do Encantadores acesse AQUI

Site do Encantadores acesse AQUI


Fátima ChuEcco Jornalista/Escritora, autora do clássico "MI-AU Book - Um Livro Pet-Solidário"

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Americanos não vêem animais nas ruas porque eles são sacrificados inclusive em câmara de gás


Se você mora no Brasil e, principalmente, num estado onde as prefeituras são proibidas de matar os animais de rua, levante as mãos pra o céu e agradeça porque essa não é a realidade da maior parte dos países, incluindo os mais desenvolvidos.  Nos EUA e na maior parte do planeta ainda se matam animais de rua, inclusive com o arcaico e cruel método de câmara de gás.

Vemos com frequência moradores dos EUA dizendo que raramente encontram um animal na rua. Pudera! Lá ainda existe a temida "carrocinha" que foi extinta em SP em 2008 com a Lei Feliciano que, em seguida,  (Graças a Deus!) foi se replicando em outros estados.

Várias cidades americanas aboliram o sacrifício de animais, mas somente o sacrifício "imediato". Eles são recolhidos e ficam num abrigo municipal ou de ONGs por algum tempo. No entanto, isso não acontece por força de lei (como no Brasil) e sim por acordos entre prefeituras e entidades de proteção de animal que podem ser desfeitos a qualquer momento.

Mesmo assim, quando os abrigos lotam de animais que não foram adotados, os mais antigos são sacrificados para abrir vaga para os recolhidos recentemente. 

Existem algumas poucas ONGs que não matam animais e vivem transferindo esses condenados à morte de uma cidade pra outra a fim de garantir mais tempo para serem adotados.

Até nos desenhos americanos costumam aparecer as "carrocinhas". O "A Vida Secreta dos Pets" é um exemplo. E em vários filmes sobre animais também se mostra a captura de cães e gatos de rua como em "Um hotel bom pra cachorro". Faz parte do cotidiano dos EUA capturar e matar animais perdidos ou abandonados nas ruas.

No site americano petpedia.co diz que 625 mil animais de estimação foram sacrificados em 2019 nos EUA. "Foi o segundo ano consecutivo em que o número total de cães e gatos mortos em abrigos dos Estados Unidos caiu para menos de um milhão porque até 2017 passavam de 1,5 milhão o número de animais sacrificados. Mais cães entram em abrigos, mas mais gatos são mortos. Aproximadamente 70% de todos os animais mortos são gatos", relata o site.

"A triste verdade é que muitos abrigos de animais ainda usam descompressão ou câmaras de gás. Este método não só sacrifica os animais de uma maneira desumana, mas também permite que outros animais os vejam sofrer. Alguns policiais municipais sacrificam animais de estimação com tiros na cabeça, o que é ainda mais preocupante". 

Quer mais um  fato doloroso sobre os animais em abrigos dos EUA? Cerca de 30% deles são entregues a esses abrigos pelos próprios tutores mesmo sabendo que o destino deles pode ser a morte.

Leia a matéria completa AQUI

Fátima ChuEcco Jornalista e Escritora www.miaubookecia.com





Sonhos podem projetar o futuro incluindo contato com alienígenas





Vocês costumam ter sonhos que parecem futurísticos?

Vejam que interessante: Sabem a arte rupestre, feita nas cavernas? Muitas revelam espaçonaves. Nossa primeira conclusão é de que aquele “povo” ou veio de “fora” do planeta ou teve contato com extraterrestres. Mas e se aquelas imagens representavam apenas sonhos? Talvez o homem das cavernas estivesse apenas desenhando seus sonhos de teor futurístico, ou seja, exprimindo sua capacidade de prever o futuro por meio dos sonhos. 

Cada vez que falo que sonhos antecipam o futuro parece que estou falando em aramaico para algumas pessoas. Outros dão risada (acham impossível) e uns poucos, com vivências semelhantes as minhas, se interessam pelo assunto e estão dispostos a refletir.

Resgato aqui uma interessante matéria de 2014 da revista “Mente Cérebro” que trata justamente disso, de sonhos que podem nos avisar sobre situações de perigo ou que antecipam situações envolvendo a nós mesmos ou a outras pessoas.

A matéria é assinada por Sidarta Ribeiro, neurobiólogo e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E ele resgata os sonhos de nossos ancestrais para provar que sonhos podem sim prever o futuro e, dessa forma, sempre funcionaram como uma espécie de defesa do organismo.


A matéria me surpreendeu porque até então tinha lido artigos que tratam a capacidade de prever o futuro por meio dos sonhos como sendo uma mutação, ou seja, algo “novo” na nossa espécie e que vem sendo desenvolvido e passado lentamente de geração a geração como uma ferramenta adicional de “autodefesa” da nossa espécie. 

É também uma hipótese a se levar em conta, mas diante de tantos exemplos citados por Sidarta na matéria, que revelam o quanto prever o futuro foi sempre muito comum desde a nossa existência na Terra, a impressão que prevalece é a de que ao sonhar com o futuro estamos apenas reativando uma capacidade que já pertence aos humanos há milênios.


De forma ilustrativa posso mencionar alguns de meus sonhos que me pareceram futurísticos.

Animais híbridos
Em alguns vejo animais híbridos, isto é, peixes com penas, pássaros com pelos, mamíferos com escamas... animais que não temos na Terra (pelo menos não no tempo atual), com exceção do ornitorrinco que é totalmente fora do padrão de tudo. 

Fuga do planeta
Já sonhei que a Terra estava com rachaduras na atmosfera por onde entravam raios solares letais obrigando as pessoas a deixarem o planeta, porém, a passagem para o  “novo mundo” era cara e a maioria tinha que ficar por aqui aguardando o fim.



Cura pela água
Já sonhei também com “estações de cura”. Eram plataformas sobre águas cristalinas onde os doentes tinham que deixar os pés imersos por algum tempo. Ao anoitecer as comportas se fechavam porque a estação ficava inundada podendo ser aberta somente no dia seguinte. 

Insetos extraterrestres e espiões
Sonhei com insetos mecânicos que não eram visíveis a olho nu (não para nós, humanos) e que retiravam amostras de sangue dos nossos braços para análise. Eram como pernilongos mecânicos, mas que não conseguíamos ver. 

Leitura das memórias e conhecimento
Também já sonhei que estava sentada diante de um computador, com fios presos nos meus braços. Na tela passando meus pensamentos, memórias (tudo!) como se eu fosse um pen drive “vivo” sendo descarregado no computador.

Desaparecimento da Escócia
Neste sonho a Escócia afundava por inteiro dragada pelo oceano. Havia uma infiltração de água gigante nas entranhas submersas daquele país que por fim cederam. A cena era parecida com a de implosão de prédios, só que acontecendo no mar. Leia AQUI

Terremoto 10.5 na América do Sul
Sonho com impressionantes imagens de um terremoto abalando vários países. O maior registrado até hoje foi no Chile com escala de 9.5. Leia AQUI


 Antecipar nosso futuro individual é possível?

Na matéria da Mente Cérebro, sim... sem nenhuma dúvida sonhos antecipam o futuro.  Mas por que será que os sonhos foram, com o passar dos anos, sendo tão desprezados pelas pessoas? 

Sidarta explica que, provavelmente, é porque temos uma vida muito mais fácil e cômoda agora. Os sonhos, antigamente, eram de grande valia para humanos que tinham que lutar pela sobrevivência (pela comida, pelo abrigo) o tempo todo... e jamais descansavam totalmente já que viviam em meio a muitos predadores. 

Mas com o passar do tempo,  os sonhos passaram a ser vistos como mera  “fantasia” e a maioria das pessoas se refere a eles como “sem pé nem cabeça”, não perdendo um minuto sequer para avaliar se no sonho não continha uma mensagem importante, transmitida por meio de símbolos.


Muitas coisas que aconteceram na minha vida, boas e más, estiveram dias antes, às vezes horas antes, acontecendo nos meus sonhos. E eu lembro de tudo. São sonhos com cores, cheiros, texturas, sensações diversas e muito marcantes. 

São tão reais que parecem uma vida paralela. Ou talvez, como dizem os aborígenes australianos:

"Real não é esta vida, mas a que sonhamos"

Um dos sonhos mais impressionantes que tive foi de uma estrada onde aconteceria um assassinato. Vi o nome e Km da estrada. Busquei na Internet, localizei a cidade. Liguei para o jornal local contando meu sonho, certa de que seria tratada como “louca”. Então me disseram que havia acontecido um assassinato exatamente naquele ponto dois dias antes.

Quanto o recente desaparecimento do avião do qual não foi encontrado nenhum vestígio, sonhei naquela semana, com pessoas amparadas por algumas rochas num mar aberto. Elas estavam dentro de uma espécie de caverna formada pelas rochas, mas só havia água ao redor. Pareciam sobreviventes de um avião aguardando resgate, mas o lugar era muito difícil de ser avistado. Na mesma semana sonhei com lugares que nunca tinha ouvido falar: Ilha de Cristal e Ilhas de Corner. Estariam os sobreviventes próximos dessas ilhas ou até mesmo nelas?
 

Bom... é muito assunto... 
Se tiverem sonhos em clima futurístico, escrevam aqui nos comentários.
Recomendo ainda o filme “A Origem”, com Leonardo Dicaprio e que  pode ser lido AQUI.
O filme mostra sonhos compartilhados, em camadas e também invasão de sonhos alheios. 
Um universo fantástico!

Fátima ChuEcco jornalista e escritora www.miaubookecia.com





Eu Mio, Tu Mias, Ele Mia... Nós Miamos cada um a seu jeito!



Podem os miados ter sotaque? Será que, dependendo da onde o gato mora, ele tem um miado diferente do gato que mora do outro lado do planeta? 

O projeto “Meowsic” http://vr.humlab.lu.se/projects/meowsic/  realizado pela Dra Susanne Schotz, professora de fonética da Universidade de Lund (Suécia), tem mostrado que a entonação dos miados pode sim ser diferente de acordo com a região onde os gatos vivem.

Segundo a pesquisadora, os gatos não podem miar em diferentes idiomas como os humanos, mas é bem provável que os miados tenham “sotaques” regionais: “Os gatos podem adaptar seus sons aos humanos com quem convivem para serem mais bem entendidos e, talvez, até mesmo emprestarem alguns padrões melódicos da fala de seus tutores. Não é impossível que algumas das características de sotaque ou dialeto da fala humana estejam incluídas na vocalização do gato também. Então, alguns gatos podem miar um pouco diferente, dependendo da língua de seus tutores”.

O projeto estuda a prosódia, ou seja, como a melodia (entonação), ritmo e o estilo da fala - tanto na vocalização humana quanto nas vocalizações dos gatos - influenciam a comunicação vocal que os pequenos felinos estabelecem com seus tutores.

Leia a matéria completa AQUI

Fátima ChuEcco jornalista e escritora www.miaubookecia.com 



terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Vídeo mostra o que a World Animal Protection fez em 2020


 A ONG World Animal Protection publicou um vídeo resumindo seu trabalho em 2020. É um agradecimento aos apoiadores e mostra alguns resultados em diversos setores: animais de fazenda, de comunidade, silvestres, em situação de desastre como o grande incêndio que teve na Austrália e outras ações envolvendo elefantes e também ursos confinados em fazendas do Vietnã para extração de bile.

Veja o video:


Fátima ChuEcco jornalista e escritora www.miaubookecia.com



segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Filme "A Promessa" da Netflix é intenso e emocionante. Recomendo!


Um jornalista correspondente de guerra, uma professora (atriz Charlotte Le Bon) e um armênio estudante de Medicina (ator Oscar Isaac) formam um triângulo amoroso em meio ao conflito entre turcos e armênios nos idos de 1914 e 1915. O roteiro é muito intenso e o filme tem cenas lindas e emocionantes... muitas tristes já que se trata de um período da nossa história onde se configurou o genocídio de um milhão de armênios.

É um bom filme para quem gosta de romance, de história e para quem é jornalista, pois, acompanhar o trabalho do ator Christian Bale no papel do correspondente de guerra, curiosamente também chamado "Chris", é muito interessante para quem é da mesma profissão. Mostra aquele tipo de profissional que vê o jornalismo como missão.

A fotografia é excelente! E o filme tem um bom ritmo nos prendendo a atenção do começo ao fim.

Bem no final (que aliás é impactante), surgem dois atores consagrados do cinema: Jean Reno e James Cromwell em aparições ultrarápidas, mas que são como uma espécie de "presente" para os espectadores. É praticamente um padrão da Netflix colocar atores famosos e veteranos para fazer "pontas" em seus filmes.

Vejam o trailer:


Aproveito para recomendar também o livro de um talentoso amigo armênio, o Arthur Haroyan, onde ele conta sua história, suas experiências dolorosas e sua jornada rumo a inúmeras conquistas, algumas delas aqui mesmo no Brasil. O livro "O Armênico" é lançamento do Grupo Editorial The Books. Os direitos autorais serão doados para o Fundo Nacional da Armênia, que tem como função atender famílias atingidas pela guerra

"Chegou a hora de eu abrir as páginas da minha vida, relembrar as histórias já contadas e contar outras jamais reveladas. Escrevi O Armênico durante três anos. A vida de um emigrante armênio que escolheu o Brasil para ser o seu cidadão", diz o autor que é também ator e diretor de teatro.


Fátima ChuEcco jornalista e escritora, autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" e outras obras sobre animais e direitos animais. Site  www.miaubookecia.com



sábado, 23 de janeiro de 2021

Conheça o verdadeiro gorila que inspirou a animação “O Grande Ivan” em cartaz na Disney+


A animação da Disney é linda e cheia de magia mas, infelizmente, o oposto da verdadeira vida do gorila Ivan, morto aos 50 anos de idade depois de passar quase a vida toda num ambiente de concreto e sonhando com a liberdade.


Os gorilas são 98% parecidos com os humanos. Eles são geneticamente mais parecidos com humanos do que com chimpanzés. É por isso que Ivan, da espécie “gorila da planície”, podia pintar e desenhar com lápis de cera - aliás, a única forma que ele tinha para expressar sua tristeza.


Diferente do filme "O Grande Ivan", o gorila que vivia no shopping não tinha amigos com os quais interagir. Primeiro ele foi arrancado da sua família na República Democrática do Congo e entregue a um casal que o criou até os cinco anos de idade junto com o filho humano.

Ivan sentava na mesa, dormia em cama, andava de moto com seu "irmão" e recebia carinho, mas ao se tornar mais forte e começar a quebrar tudo na casa, como reflexo de seu desenvolvimento, foi lançado numa jaula de um centro comercial nos EUA para virar atração principal.

No shopping ofereciam a ele cigarros e hambúrgueres (lembrando que gorilas são vegetarianos por natureza). Ele também podia assistir uma TV em preto e branco – isto é, quando os humanos se preocupavam em sintonizar algum canal.

Tudo era motivo para atrair clientes e, de fato, Ivan logo ganhou milhares de fãs que o assistiam por meio de vidros que cercavam sua gaiola.

Ivan não tomava sol e jamais respirava ar puro, mas como “cortesia” lhe deram um tapete verde.

Em 1991, o National Geographic Explorer lançou o documentário "The Urban Gorilla" narrado por Glenn Close e que motivou manifestações pedindo a libertação de Ivan. 

Recomendo assistir o vídeo abaixo (The Urban Gorilla) que mostra Ivan no ambiente frio onde foi obrigado a ficar por 27 anos, abandonado pela família que o fez se sentir por algum tempo amado.


Ele terminou seus dias no Zoo Atlanta, na Geórgia, onde passou 18 anos (de 1994 a 2012) e morreu devido a um tumor no peito. Embora se tratasse de um zoo, o ambiente era imensamente melhor que o shopping porque Ivan vivia solto numa minifloresta com outros gorilas. 

Veja vídeos de Ivan no zoo:




Ivan era um "dorso prateado" que, no mundo dos gorilas, significa ser um líder natural que geralmente chefia um grupo e tem muitas fêmeas. No entanto, mesmo estando com outros de sua espécie por 18 anos, Ivan não teve filhos.


Um fato semelhante aconteceu com a gorila Koko, também já falecida e que ficou famosa por aprender a linguagem dos sinais. Koko cresceu e viveu com humanos. Só no fim da vida passou a conviver com outros gorilas num santuário, mas mesmo assim nunca teve filhos.


Eu costumo dizer que grandes primatas que convivem e vivem com humanos acabam se sentindo humanos e por esse motivo não se reproduzem com outros gorilas. É o que eu acho.

As fotos são do site do Zoo Atlanta onde consta toda a história desse gorila e muitas outras fotos. Acesse AQUI

Fátima ChuEcco jornalista escritora www.miaubookecia.com 



 

 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Gatos perdidos se escondem em casas vizinhas. Veja o caso da gata Melissa


Um grande erro cometido por pessoas que estão procurando seus gatos desaparecidos é ignorar as casas vizinhas achando que se o bichano estivesse na vizinhança já teria voltado para casa.  Esse erro pode custar a vida do gato, pois, é justamente nas casas vizinhas que a maioria dos gatos se esconde quando foge e, muitas vezes, eles não conseguem sair devido a casa ter cachorros ou muro alto que não permita o retorno, entre outros fatores.

A gata Melissa (foto) é um bom exemplo de que vale a pena olhar primeiro... antes de mais nada... nas casas vizinhas. "Ela estava na garagem da vizinha escondida atrás de entulhos... duas casas depois da minha", conta Karina Moraes aliviada por ter reencontrado a gatinha.

Esse não é um caso isolado. Já orientei um casal do Rio que estava desesperado atrás de seu gato e, embora estivesse fazendo buscas no quarteirão todo, desprezaram a casa colada a sua onde justamente o gato se escondeu. 

Assim como Melissa, o gatinho carioca também se escondeu na garagem atrás de uns vasos que impediam a aproximação dos dois cães da casa. Ele não conseguia sair dalí porque os cães ficavam soltos nessa garagem na frente da casa e, provavelmente, o vizinho não percebeu algum aviso dos cães.

A visão do casal era a da maioria das pessoas: "A casa vizinha tem cães e o gato não entraria lá". 

Ocorre que na hora do susto ou da fuga um gato se enfia no primeiro lugar que vê e por vezes é justamente numa casa com cães.

Depois que conversei com o casal a busca daquela noite foi pelas casas mais próximas.  Os tutores então ouviram um "miadinho" vindo da garagem da vizinha e lá viram o gatinho debaixo de um carro num momento em que os cães estavam dentro da casa. Eles calculam que ele se escondia atrás de vasos perto do carro e que certamente impediam a aproximação dos cães. Seja lá o que for, a sorte do gatinho foi seus tutores  prestarem atenção na casa vizinha.

  Dianna, que fugiu por um vitrô e se escondeu atrás de entulhos

Eu mesma já passei por isso procurando minha gata Dianna. Embora o apartamento fosse todo telado, havia um vitrô na cozinha muito pequeno por onde nunca achei que ela fosse passar, mas passou. E naquela época eu podia entendia sobre gatos perdidos. Então fiquei procurando Dianna no quarteirão todo, gritando o nome dela insistentemente pelas ruas.

Então uma vizinha me aconselhou procurar Dianna dentro do meu próprio prédio e em pouco tempo a localizei atrás de entulhos (material de construção) da garagem do térreo. Estava lá quietinha, totalmente indiferente aos meus chamados. E se eu não a tivesse encontrado, talvez de noite ela saísse e fosse parar na rua.

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Fátima ChuEcco Jornalista e autora do fotolivro "Rebecca Selvagem - Uma busca intensa e cheia de fé" e de outras obras www.miaubookecia.com

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