Essa belíssima foto de Tim Flach revela o quanto os chimpanzés lembram humanos. Mas será que apenas "lembram"? Ou de fato são pessoas?
Os primatas não possuem patas, mas mãos e pés. Eles sorriem e riem... até gargalham. Possuem inúmeros sons para se comunicar, igualzinho como o homem fazia para se comunicar no tempo das cavernas. Existe um claro sentido de moral e também sentimento de luto entre os chimpanzés.
As expressões faciais são impressionantes.
Eles fazem ferramentas com galhos, pedras e folhas. Possuem complexas estruturas sociais, aprendem a se comunicar por meio da linguagem dos sinais e a utilizar o computador com o raciocínio equivalente ao de uma criança de sete ou oito anos. Podem se reconhecer no espelho, assim como outros animais ou pessoas por meio de fotos.
Ver uma foto dessas ainda deixa dúvidas?
Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e apaixonada pelos primatas
O Ernesto´s Sanctuary for Cats in Syria nasceu com o propósito de abrigar gatinhos vítimas da guerra. Feridos, famintos, doentes ou presos entre escombros, eles encontraram um lar maravilhoso administrado pelo "Homem Gato de Aleppo" (como ficou conhecido Alaa Aljaleel, o motorista de ambulância que socorria gatos nas cidades bombardeadas da Síria).
Semana passada dois foguetes atingiram o Santuário destruindo parte da instalação. Vinte gatinhos morreram e vários ficaram feridos.
Duas raposas escaparam do seu recinto.
Não é a primeira vez que a equipe do Ernesto`s Sanctuary sofre com bombardeios. Anos atrás a sede do grupo foi totalmente destruída e eles tiveram que se mudar para recomeçar. Aliás, o nome Ernesto é uma homenagem a um dos primeiros gatinhos resgatados pelo Homem de Aleppo .
Embora a proposta inicial tenha sido o resgate de gatos, hoje o Santuário abriga também cães, aves, coelhos, burrinhos, cavalos, macacos... inúmeras espécies!
Parece uma Arca de Noé mas em terra firme!
É incrível como eles se dão bem (vide vídeos abaixo).
Reuní algumas das fotos mais encantadoras para você mergulhar nesse universo que transborda solidariedade, amor, união... mas que vive sob a ameaça de conflito armado.
Fiz um vídeo com os gatos (tem mais de 500 deles no Santuário)
E fiz um segundo vídeo com os cães e outros animais
Tenho certeza que você vai adorar ver onde e como eles vivem. E depois disso, por favor, compartilhe e se puder ajude. O Santuário precisa consertar a área danificada.
Josete Marcia Villani chorou muito, mas foi de felicidade ao recuperar sua gatinha idosa, de 15 anos, em maio deste ano. Ela ficou presa em um quartinho por muitos dias sem comida. O local fica exatamente atrás de sua casa, no mesmo quarteirão.
"Estava pele e osso, sem forças para nada. Se eu não a encontrasse ela teria morrido trancada naquele lugar", conta a tutora de SP.
Dara nunca tinha saído de casa, mas escapou numa noite, sem que a tutora visse, pela porta da frente. O pior é que sua ausência só foi notada no dia seguinte: "Cheguei do trabalho muito cansada e deixei a cachorrinha sair um pouco na calçada. Não percebi que Dara saiu e fui dormir. Na manhã seguinte foi que percebi que ela não estava em casa e daí pra frente foi uma corrida contra o tempo para encontrá-la".
Foram 37 dias de angústia procurando pela Dara nos arredores da casa e quarteirões próximos até que, finalmente, um pedreiro avisou que a gatinha estava num quartinho com material de construção e ferramentas que ele mesmo havia vedado a entrada. Ele cravou uma telha de PVC no solo e ainda reforçou a base com mais terra. Então não tinha como a gatinha sair.
Ou seja, Dara devia estar utilizando o lugar para se abrigar e saindo à noite em busca de alimento, mas quando o pedreiro interrompeu por um tempo a obra e fechou o quartinho, não percebeu que a gata estava lá dentro. E se ela miou ninguém ouviu ou nem desconfiou que o miado vinha do quartinho.
Dara voltando a comer normalmente sob o olhar atento da Teka
Ações que salvam
Apesar do estado crítico em que Dara foi encontrada, ela certamente não ficou presa no quartinho por 37 dias, pois não teria sobrevivido tanto tempo. O mais provável é que Dara tenha tido acesso aos pontos de alimentação criados pela Josete, sob orientação da @BuscaCats, antes de ficar acidentalmente presa. Assim, ela já andava razoavelmente alimentada quando ficou, de repente, privada de comida, e por isso aguentou por mais tempo.
Água da chuva e uma ou outra barata talvez tenham sido suas únicas fontes de alimento por vários apavorantes dias sozinha naquele lugar.
Do quartinho Dara foi direto para uma clínica onde ficou internada.
"Quando soube que ela tinha sido resgatada saí correndo do trabalho. Quando ela me viu na clínica deu um miado alto, desesperado. A felicidade tomou conta de nós duas. No início foi preciso alimentá-la com seringa e na veia. Estava muito fraca. Dias bem difíceis, mas aos poucos ela está voltando a comer normalmente. Não estava ferida ou doente. O problema foi a falta de alimento", diz Josete.
Atenção: Imóveis em reforma, prédios em obra e locais com material de construção como esse onde Dara foi achada são os locais mais procurados por gatos perdidos além, é claro, de casas vazias, à venda ou abandonadas.
Por isso, quando Josete me procurou pela @BuscaCats a orientação foi checar todos os locais vazios ou em obra que, aliás, ela fez. No entanto, esse quartinho ficava num corredor onde vários outros quartinhos eram alugados e Josete não descobriu que um deles era só para guardar material de construção.
Três fatores contribuíram para o feliz reencontro: a fé, que sempre ressalto ser crucial nessas histórias com final feliz. Josete acreditava que iria achar a Dara.
Além disso, em segundo lugar, o quartinho tinha como vizinha a casa de sua prima, que também tem gatos. Então o pedreiro foi logo batendo na casa achando que podia ser um dos gatos dela.
E o terceiro fator foi a alimentação oferecida diariamente e de forma estratégica nos arredores da casa por orientação da @BuscaCats. Dara com certeza se beneficiou dos pontos de alimentação fixos, o que lhe deu condições de sobreviver por mais tempo quando ficou trancada sabe-se lá por quantos dias.
Essa emocionante história nos dá uma importante lição: não desista de procurar seu gato perdido por mais que você desanime no meio do caminho. Se ele estiver vivo e nos arredores (que é o mais comum de acontecer), ele depende principalmente de você para encontrá-lo e ele "conta" com isso.
Tenho certeza que, ao mesmo tempo em que Josete pensava o tempo todo na Dara, colava cartazes, distribuía panfletos e ração na vizihança, a gatinha Dara também pensava na Josete a cada minuto, sonhando com o dia em que aquela porta do quartinho se abrisse. E isso também deu forças para ela, nessa idade, superar a dura experiência.
Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @BuscaCats e fundadora da editora @Miaubookecia
Se você é do tipo que gosta de filme de suspense para tentar descobrir quem é o assassino, a dica é ver "Vórtex", minissérie francesa com apenas seis capítulos. O roteiro, muito bem construído, se passa em 2025 quando a polícia já possui um sistema de realidade virtual chamado "Vórtex" que coloca os investigadores no local do crime para checar detalhes que podem não ter sido notados na inspeção de campo.
É quando um policial mergulha no cenário virtual onde uma mulher supostamente cometeu suicídio recentemente, mas que também foi palco do suposto acidente fatal de sua esposa 27 anos atrás. Ocorre que, ao investigar o caso atual, uma falha no sistema operacional faz com que ele se depare com o passado e comece a desconfiar que sua mulher foi na verdade assassinada.
Garanto que desde o primeiro capítulo você vai querer acompanhar tudo bem de pertinho porque, além da questão do reencontro do casal num ambiente virtual, tem também o "efeito borboleta" permeando toda a história. A teoria do "efeito borboleta" diz que que quando se mexe numa peça do passado, por menor que seja, todas as demais peças também saem do lugar porque, numa explicação simplória, "o bater das asas de uma borboleta tem conexão e produz efeitos em todo o resto do planeta".
Assim, cada item que o policial vai modificando dentro da realidade virtual traz consequências na vida real. É bárbaro! A série é criação de duas mulheres: Camille Couasse e Sarah Farkas, com direção de Slimane-Baptiste Berhoun. Veja o trailer:
Não darei spoiler, mas acho que posso dizer que muita gente ficará satisfeita com o final. E convido para um exercício: imagine se você tivesse feito alguma coisa diferente no seu passado, por exemplo, aceitado aquele emprego que não te pareceu atraente, feito algum curso ou viagem... ou tivesse se casado com outra pessoa... ou decidido morar em outra cidade. Imagine alguma peça do seu passado sendo alterada, ainda que seja uma pequena alteração... e deslumbre quanta coisa a partir daí também não teria se alterado... talvez sua vida seria hoje completamente diferente.
Texto Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @BuscaCats e fundadora da editora @miaubookecia
Anote esse nome: BADLA. Estranho? É um filme indiano de 2019 sensacional, sustentado em jogo mental e remake do não menos fantástico "Um contratempo" (espanhol de 2016), também disponível na Netflix. Não é lançamento, mas vale a pena procurar entre os suspenses da Netflix. Supersuper recomendo!
Dirigido por Sujoy Ghosh, o roteiro é envolvente e nos leva a acompanhar o relato de um assassinato cheio de hipóteses. Você, certamente, também tirará suas próprias conclusões no desenrolar da trama e isso, aliás, é o ponto forte do filme, como é no original espanhol.
Os atores são excelentes: Amitabh Bachchan, Taapsee Pannu, Tony Luke e Amrita Singh. E é o tipo de filme gostoso de assistir com mais pessoas porque vira uma espécie de exercício de raciocínio lógico em que todo mundo é motivado a tirar conclusões e fazer suas apostas num determinado desfecho.
Agora vou dizer o que me levou a ver esse filme: a trilha da abertura assinada pelo artista Jassie Gill - Abum Aukaat que tem 8 milhões de seguidores (e agora eu tb). AMEI a música da abertura e que pode ser conferida nos clipes abaixo, com cenas do filme:
Uma história incrível de reencontro entre uma gata idosa perdida e sua tutora, depois de 21 dias sem qualquer notícia, é o que você vai ler nas próximas linhas. E são várias as lições que podemos extrair desse caso ocorrido em SP em maio de 2023. Perseverança e fé são as maiores delas.
Podemos supor que Bianca, no alto de seus 13 anos de idade, se assustou ao deixar o apartamento todo telado onde morou por muito tempo e ir para uma casa com quintal.
Durante o entrar e sair de carros na garagem, ela teve o ímpeto de entrar num motor e desceu onde o veículo estacionou, por sorte, muito perto da nova casa, pois assim foi possível localizá-la.
Ela se escondeu no forro do telhado de um galpão da onde despencou exatamente no instante em que havia várias pessoas no local. Altura: 6 metros. Quebrou a bacia no ato e se arrastou. Sim... um desespero inimaginável... mas aquelas pessoas já tinham visto uma faixa sobre ela na esquina da rua e UFA!... sua tutora pôde ser imediatamente acionada.
Estado em que Bianca foi encontrada
Bianca encontra-se em tratamento, mas está bem, principalmente levando-se em conta a sua idade avançada. A tutora, Elaine Piffer, enxerga nesse resgate um verdadeiro milagre:
"A queda do forro foi grave e poderia ter sido fatal, mas se ela não tivesse caído bem naquele momento em que várias pessoas puderam vê-la, talvez tivesse morrido sem socorro".
Elaine não acreditava que Bianca tivesse saído da garagem no motor de um carro, então se dedicou por semanas na busca nos arredores de sua casa, espalhando panfletos, entrando em casas vazias e observando pequenas colônias de gatos.
Mas instintivamente também entregou panfletos e pendurou uma faixa exatamente na esquina da rua onde Bianca foi encontrada: "Meu sobrinho entrou com o carro na garagem e depois saiu rumo a uma feira de rua que fica a uns 300 m da casa. Ele estacionou na rua do galpão. Então imagino que ela desceu do motor e entrou no galpão pelo portão ou pegando carona no motor de algum caminhão. Depois, de algum jeito, chegou no forro do telhado. Estava bem magra, faminta e a pelagem branca ficou todinha cinza".
Durante as buscas Elaine movimentou toda a vizinhança e muita gente procurou ajudá-la das mais diversas formas: "Foi muita benção, muita oração.Tem gente que até fez promessa para eu achar a Bianca. Ela está manhosa, só quer meu colo".
Atenção:
Em geral, quando os gatos escapam e se perdem, eles buscam abrigo na vizinhança mis próxima. Não ficam andando pelo bairro como os cães fazem. Massss... se entram no motor de um carro podem parar em qualquer lugar.
No caso da Bianca houve dois fatores facilitadores: Elaine sabia em qual carro Bianca podia ter entrado e onde esse carro havia parado. Então, embora estivesse mais inclinada a deduzir que a gatinha tinha saído a pé (ou pata) pela garagem, também fez a divulgação na rua da feira onde o carro estacionou e onde ficava o galpão. Coisa de instinto de mãe de gato!
Caso o carro tivesse parado muito mais longe, a orientação seria colar cartazes e soltar panfletos no local, mas as chances de achar o gato diminuem bastante nessa situação porque ele poderia saltar em qualquer farol num longo perímetro. Daí é como procurar uma agulha num palheiro.
Além de todo o empenho dia e noite, Elaine carregou dentro de si muita fé em achar a Bianca, como ela mesma relatou. E descobriu gatinhos de rua que passaram a contar com sua ajuda na alimentação. Ou seja...
Ajudando a outros gatos Elaine teve seu caminho iluminado na direção de achar a Bianca.
A bela história nos dá um alerta:
Procurem gatos perdidos em forros de telhados!!!! E...
Os gatos devem ser os últimos a pisar numa nova casa. Primeiro leve as malas, móveis, caixas... tudo. Quando não faltar mais nada para descarregar, daí sim leve os bichanos e deixe tudo absolutamente fechado: nenhuma porta, janela, vitrô... nada que ofereça rota de fuga porque eles podem ficar um pouco assustados, desconfiados ou incomodados com a mudança.
O ideal mesmo é levar os gatinhos apenas quando já estiver tudo telado, inclusive com alguma proteção antifuga na porta de entrada e na varanda ou sacada. E falo isso por experiência própria.
Muitos anos atrás perdi uma gatinha quando tinha acabado de me mudar. Parei o carro bem colado na casa, descarreguei as compras com a porta aberta e fui guardar o carro num estacionamento próximo. Umas horas depois notei que a Isabella não estava em casa e deduzi que ela tinha saído enquanto colocava as compras pra dentro. Podia ter entrado no motor do carro ou simplesmente saído por debaixo dele sem eu ver. Procurei muito por ela, mas naquela época eu não sabia nada do que sei hoje. Nunca mais a achei.
Então tomem muito cuidado na hora de abrir as garagens e especial cuidado com períodos de mudança de casa.
Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia
Perder um gato que conseguiu escapar de casa é desesperador. Imagine perder dois ao mesmo tempo! Pois foi o que a Ilca Terezinha Zicka, do Paraná, enfrentou recentemente quando percebeu que Bombom (foto) e Phineas havia sumido num piscar de olhos.
Foi uma semana de muita busca nos arredores da casa e muita divulgação nas redes sociais até a tutora perceber um miado desesperado vindo de dentro de uma casa abandonada quase de frente à sua.
"Na hora eu reconheci o miado. Atravessei a rua correndo com o coração na mão. Tinha uma janela bem alta por onde chamei o Bombom e obtive resposta. Mas a parede era de ade azulejo e imaginei que ele não conseguiria sair por lá. Contornei a casa batendo a mão nas janelas até que, graças a Deus, uma delas foi possível abrir porque é daquelas janelas de correr de ferro com grade. O Bom bom surgiu de dentro do banheiro. Olhou pra mim miando, miando e voltou para o banheiro. Fiquei chamando um tempão, mas ele não veio", conta a tutora.
Ilca esperou a filha chegar e teve a ideia de retornar para casa e pegar ração para atrair Bombom, mas nem foi preciso. Quando ela chegou em casa lá estava ele no quintal.
Mas e o outro gato???
Ilca narrou essa situação um tanto inusitada nos posts da sua rede social e na hora eu pensei: "Esse gato não estava miando por ele e sim para pedir socorro para o amiguinho Phineas". Sugeri que Ilca retornasse à casa e examinasse melhor, afinal, o outro gatinho podia estar ferido ou preso em algum cômodo.
Ela já estava pensando em voltar, mas o conselho a incentivou ainda mais a procurar Phineas no mesmo local no dia seguinte e para sua felicidade...
"De fato ele estava lá, escondidinho atrás da porta do banheiro. Nos fundos tinha uma porta que já tinha sido forçada e quando minha filha começou a mexer na maçaneta ela abriu. Quase tivemos um troço de tanta felicidade".
Esse é um típico caso de "uma pata lava a outra" quando um animal ajuda outro que se encontra em perigo e não é tão raro de acontecer.
Acompanhei outro caso em que uma gatinha também fugiu de casa e seus tutores não sabiam mais onde procurar. Eles me contaram que o outro gato da casa estava com um comportamento estranho: ficava num galpão dos fundos olhando e miando para a brecha entre o telhado e o muro que dava para uma vilinha atrás da casa.
Calculei que o gatinho tentava avisar que sua companheirinha devia estar naquela direção, provavelmente em alguma casa da vilinha. Os tutores já tinham percorrido a vila e falado com algumas pessoas durante o final de semana sem sucesso, mas na segunda-feira tiveram uma agradável surpresa: a gata ficou trancada acidentalmente numa das casinhas porque o único morador havia viajado. Ao retornar e abrir a casa ele viu a gata escondida no quarto cuja janela dá pra rua e por onde ela provavelmente entrou.
Detalhe: a casa do rapaz era na exta direção da onde o gatinho ficava olhando e miando.
Vale ressaltar que é muito comum gatos perdidos ficarem presos ou buscarem refúgio em casas vazias: abandonadas, à venda ou porque os moradores estão viajando. Então é muito importante focar a busca ao redor de casa e nesses locais.
Aqui estão dois cachorrinhos que foram adotados juntos na África do Sul: Ronny e Gigi. Nessa imagem eles estão num momento de atividade intelectual e criação artística. Uma cena digna para ilustrar um AU-AU Book colorido e divertido só deles. Seus cachorrinhos também podem ter um fotolivro de luxo (capa dura) com uma historinha exclusiva inspirada nas melhores fotos deles.
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Um novo filme da Netflix está dando o que falar, "Tin e Tina", que retrata gêmeos albinos por volta dos 8 anos de idade capazes de certas atrocidades. Sabiamente, o roteiro provoca uma dúvida: o casal de assassinos mirins comete crimes por pura inocência ou são mesmo perversos por natureza?
Abandonados pelos pais e criados num rigoroso convento, os gêmeos desenvolvem obsessão pela Bíblia citando versículos a cada ato cruel que praticam. Inclusive, aqui vai um spoiler "necessário" aos de estômago mais fraco: na cena do cachorro fechem os olhos.
O verdadeiro caráter dos gêmeos certamente vai dividir opiniões já que suas atitudes estão sempre justificadas pelos versículos aos quais eles são tão apegados desde crianças.
Por outro lado, sabemos que a grande maioria dos psicopatas começa seus crimes na infância contra animais indefesos e outras crianças. E na vida adulta vemos inúmeros casos de psicopatas ou serial killers com fortes apelos religiosos, sendo que alguns deles cometem os crimes inspirados por passagens da Bíblia que, obviamente, interpretam do jeito deles.
Ao meu ver, Tin e Tina pode ser visto como um suspense com cenas de terror. E por vezes assusta mesmo a começar pela trilha sonora bem sombria.
Assista o trailer:
Veja e decida se Tin e Tina são inocentes ou perversos. E para ajudar na sua decisão vale lembrar alguns casos famosos de crianças que cometeram crimes bárbaros.
Texto extraído de um dos episódios da série que desenvolvi para o portal da Anda chamada "Matadores de Animais: Assim começa a carreira de um psicopata".
Capítulo Três
Crianças Perversas: um mal que precisa ser cortado pela raiz
“Mas é apenas uma criança!”. Quantas vezes não ouvimos essa frase quando uma criança é acusada de ter ferido ou matado um animal? Inadvertidamente, muitos pais deixam de dar importância a um comportamento violento que pode progredir ao longo dos anos e culminar em um psicopata assassino.
Em 2008 bastaram apenas 35 minutos para que um garoto de sete anos de idade matasse 13 animais em um zoo na Austrália. O menino, desacompanhado dos pais, entrou no setor de répteis, pegou uma pedra e bateu com força contra um lagarto diversas vezes até o animal morrer. Depois atirou mais dez animais para dentro da jaula de um crocodilo: foram dez lagartos, quatro dragões barbudos, dois diabos-espinhosos, uma tartaruga e uma iguana de 20 anos. Pelas câmeras do zoo, o menino foi flagrado rindo enquanto assistia o crocodilo atacar um indefeso lagarto de língua azul.
Ele escapou por pouco de um processo, pois, no Território do Norte da Austrália, onde o fato ocorreu, as leis levam a julgamento pessoas a partir de 10 anos de idade. Seus pais, no entanto, foram processados pela falta de controle do filho e também por terem arriscado a própria vida dele, facilitando que ficasse tão perto de um crocodilo.
Assassino mirim brasileiro
Em 2004 um crime cometido em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul chocou o país. A vítima, Maicon Rodrigues dos Santos, tinha seis anos. O menino teve a cabeça mergulhada em um poço e em seguida foi agredido com pauladas no peito, num nível de brutalidade difícil de imaginar ainda mais pela idade do agressor que tinha apenas 11 anos de idade.
Uma das testemunhas, uma menina de 10 anos, disse que ela, Maicon e mais um colega tinham convidado o agressor para um terreno baldio onde comeriam os restos de uma festa para crianças promovida por um Centro de Umbanda. No local o agressor pegou Maicon no colo para atravessar um córrego e em seguida enfiou sua cabeça no poço e começou a bater nele. As demais crianças correram para buscar ajuda.
O assassino mirim confessou que matava gatos com frequência da mesma forma e que não tinha dó dos bichos porque estava acostumado a ver cabritos, pombas e galinhas mortos em rituais (conforme noticia publicada pelo jornal Zero Hora de 1 de junho de 2004).
As duas faces de uma linda garota
O tema “Crianças Perversas” não poderia deixar de citar Mary Bell, considerada a primeira assassina mirim do mundo. Quem poderia imaginar que essa delicada garota iria matar duas outras crianças? Isso aconteceu em 1968 na Inglaterra e a primeira vítima foi um garoto de 3 anos que Mary estrangulou e jogou do andar superior de uma casa um dia antes dela completar 11 anos de idade.
Apenas dois meses depois, perto de uma linha de trem, Mary estrangulou outro menino de 4 anos, perfurou suas coxas e genitais. Mas nessa vítima ela teve ainda a chance de fazer um detalhe sórdido: perfurou um M em sua barriga. No histórico de Mary consta que entre 4 e 8 anos de idade ela foi obrigada a manter relações com os clientes de sua mãe que era prostituta coincidindo com uma provável causa apontada pelos pesquisadores para o desenvolvimento do comportamento psicótico.
Foi presa devido aos fortes indícios de psicopatia e até conseguiu fugir da cadeia uma vez. Foi liberada em 1980 aos 23 anos e teve permissão para trocar de nome a fim de começar uma nova vida. Casou-se e teve uma filha, mas continuou tendo problemas com a vizinhança que descobria sua verdadeira identidade. Mary não se livrou de seu passado macabro. O livro “Gritos no Vazio” contém sua biografia escrita pela jornalista Gitta Sereny em 2007.
Transtorno de Conduta
No Brasil as crianças com comportamento perverso recebem o diagnóstico de “transtorno de conduta” e muitas vezes nem fazem tratamento porque grande parte dos pais não quer assumir que tem um filho com tendência à crueldade e esconde o fato. Associa-se a esse comportamento causas genéticas, lesões cerebrais, abusos na escola ou em casa.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA), menores de 18 anos não podem ser tratados como psicopatas porque suas personalidades ainda não estão totalmente formadas. Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) aponta que cerca de 3,4% das crianças mentem, furtam, brigam e desrespeitam regras básicas, mas se também forem cruéis com os animais é motivo para os pais procurarem ajuda psicológica com urgência.
Psiquiatras acreditam que nas crianças ainda existe uma chance de mudança de conduta se elas forem muito bem assistidas e, especialmente, orientadas em outra direção com tratamento adequado. Podem aprender a direcionar sua violência latente para a Arte ou outras formas de expressão em que não prejudiquem bichos ou pessoas.
Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @BuscaCats
A nova série da Netflix "Três dias que mudaram tudo" (The Days título original), me fez lembrar de uma entrevista que fiz para a revista "Meu Pet" com brasileiro que trabalhou no resgate, tratamento e recuperação de animais que foram deixados para trás durante a evacuação de Fukushima(veja no post acima), por conta do terremoto seguido de Tsunami que afetou vários reatores nucleares no Japão.
Tales Mello cuidou, por exemplo, da cadelinha Maruko, que ficou 11 dias sem comida ou água sob escombros. Seus tutores sobreviveram, mas no abrigo em que estavam era proibido levar animais. A cadelinha foi salva pela ONG onde Tales era voluntário cinco dias antes de ser sacrificada. segundo Tales, ela conseguiu retornar para sua família.
O drama de Maruko foi o mesmo de milhares de cães e gatos que ficaram feridos, doentes e expostos à radiação. A série de apenas 8 capítulos, no entanto, se detém na equipe da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi e seu esforço em tentar evitar o pior, ou seja, a liberação de material radioativo.
Estou contando a história desse brasileiro apenas porque lembrei da entrevista e sei que muita gente gostaria de saber o que houve com os animais que habitavam o local do acidente.
A tragédia foi em 11 de março de 2011 com a morte de 18 mil pessoas e deslocamento de outras 300 mil que não puderam retornar as suas casas num perímetro de 20 km a partir da usina devido ao risco de contaminação.
O Tsunami chegou a ter ondas de 15 metros de altura e destruiu várias cidades além de danificar por completo o local que abrigava os reatores nucleares.
Passados 11 anos, o Japão continua desmontando a usina e se desfazendo dos destroços. Houve descarte de material contaminado no mar e até hoje existe polêmica sobre os métodos adotados pelo Japão para se desfazer do que ainda resta. Estima-se que vai levar cerca de 30 anos para conseguir se livrar de todo aquele perigoso lixo radioativo.
Mas a série, como o próprio nome diz, foca os dias de maior tensão e o que foi feito dentro das instalações da usina. É para um público específico, que realmente goste de acompanhar o desenrolar de uma tragédia dentro de gabinetes de crise e centrais de comando.
Embora tenha um um tom crítico ao uso de energia nuclear, justamente por causa de riscos como esse ocorrido no Japão (e tb no que houve em Chernobil), a série visa mergulhar nas iniciativas tomadas e suas consequências no ápice do desastre.
Veja o trailer:
Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @BuscaCats
Se você ama gatos vai amar essa história e o vídeo aqui postado! E se você conhece alguém que está com o gatinho perdido, por favor, envie essa história que serve como uma grande dica e pode salvar a vida de um bichano.
Léo, gatinho de 8 anos, sobreviveu por milagre, conforme a tutora Paula Leite, de SP, conta:
"Nós o achamos bem atrás da nossa casa e no momento certo porque ele já estava no finzinho da vida dele. Além da fraqueza de ter ficado 15 dias trancado acidentalmente numa fábrica que entrou em recesso no final do ano passado, também teve contato com chumbinho. Quando o encontramos estava tendo convulsões. Ficou uma semana internado e precisou de mais 3 meses de tratamento e fisioterapia para voltar a andar".
Vejam a foto de quando foi encontrado:
Mas como isso foi acontecer com o Léo, que vivia tranquilamente num sobrado todo telado?
Léo escapou pela laje em algum momento que uma porta foi esquecida aberta. Sua tutora, depois de um mês de longa busca por ele, chegou a vê-lo no telhado da fábrica vizinha a sua residência, mas Léo ignorou os chamados e entrou na empresa, provavelmente, por algum acesso que Paula não conseguiu identificar.
Aliás... ATENÇÃO... mesmo quando um gatinho está perdido e talvez passando fome, pode ser que ele não atenda aos chamados dos tutores porque, a essa altura, o gatilho da autodefesa já está acionado devido a sustos e perrengues que ele possa ter sofrido. Ele naturalmente reconhece os tutores, mas desconfiado de tudo e de todos, pode não ceder aos chamados e evitar uma aproximação.
"Os funcionários da fábrica confirmaram a presença do Léo no local, pois, viam pegadas de gato e excrementos", explica Paula.
Nesses casos, o ideal é armar uma gatoeira no local que se tem certeza que o gato anda frequentando, antes que o pior aconteça. A gatoeira apenas o prende, mas não o machuca.
No entanto, com Léo o resgate foi diferente e dá pra arriscar dizer que ele foi salvo por "milagre".
"Deduzi que Léo acabaria se cansando da farra na rua e voltando pra casa sozinho. Havia comida em toda a vizinhança para gatos que viviam soltos, então presumi que de fome ele não morreria. Também percebi que ele podia entrar e sair da fábrica e, portanto, qualquer hora voltaria", comenta a tutora que, assim como a maioria das pessoas sem experiência com gatinhos perdidos, não conseguiu prever a situação que o bichinho enfrentaria.
Imperdível:
Paula fez um vídeo que foi visto por milhares de pessoas no TikTok onde o próprio Léo conta sua história, comenta os maus-bocados que passou e fala da sua recuperação. Assista nesse link
Manter a casa ou apartamento telado é fundamental, pois, como todos sabem, na rua há muitos perigos e mesmo os gatinhos acostumados a viverem soltos estão sujeitos a eles
Procurar na vizinhança é outro fator crucial. Diferente dos cães que chegam a andar quilômetros por dia, os gatos, quando escapam, tendem a ficar nas redondezas, muitas vezes em casas vizinhas da sua
Entrar em locais que estão vazios, sejam casas ou empresas/escritórios é bem importante também. Assim como Léo, o gatinho pode ficar acidentalmente preso
Caso você descubra um ambiente que ele tem frequentado e não consiga pegá-lo porque ele foge quando te vê ou sequer aparece quando vc está por lá, veja se é possível armar uma gatoeira no local, mas procure um profissional em captura de gatos porque se vc cometer um erro na montagem e o gato escapar, provavelmente ele nunca mais entrará em outra gatoeira
Não confie apenas na divulgação via redes sociais. Muitos de seus vizinhos não acompanham grupos de animais perdidos. Um gato perdido precisa ser procurado a pé, de dia e de noite, e especialmente na vizinhança
Não acredite que ele voltará sozinho. Isso até pode acontecer, mas por outro lado imprevistos também acontecem. Outros gatinhos podem não ter a mesma sorte que o Léo teve
Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e fundadora da @buscacats, única consultoria especializada em gatos perdidos