"Meu mundo parece que gira ao contrário e que, cada vez que abro uma gaveta vão sair dela baratas e outros bichos peçonhentos. Eu me sinto como que metralhada, repleta de furos. Um sino disparando numa igreja abandonada... e a escadaria, infinita, escorregadia, levando meus passos para um porão de ratos esfomeados. Um frio na nuca que não passa nunca. E um cemitério de navios - único lugar onde me sinto em casa"
Esse trecho resgatei de um antigo diário meu. Não tinha data, mas pelo teor do texto provavelmente foi escrito num período em que eu me identificava com temas sombrios, era dark e frequentava locais como Madame Satã e Espaço Retrô. Achei poético apesar do clima "denso" e por isso quis registrar neste meu blog.
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